Materiais:
Enviada em: 09/10/2017

De acordo com a escritora Virgínia Woolf, de tudo o que existe, nada é tão estranho que as relações humanas com sua extraordinária irracionalidade, porém, para uma evolução humana é necessário a substituição de ideários antigos pelo pensamento racional e humanitário proposto pelo movimento iluminista do século XVIII. A intolerância cibernética, então, é um modelo de discriminação pelo qual consiste em manifestações de preconceitos nas redes sociais. Nesse sentido, é persistente na sociedade brasileira a adesão de certos princípios e a desvalorização dos Direitos Humanos na internet, cujo efeitos dinamizam a continuidade de uma grande parcela de vítimas por preconceito.               A princípio, vale ressaltar que o Brasil vem lutando contra a discriminação, a qual baseia-se na ideia de humilhação dado a certas categorias sociais, raciais e religiosos. A partir disso, comentários na internet, não poucas vezes, são caracterizados por discursos preconceituosos, visto que, nas redes sociais as críticas maldosas amplificaram. Prova disso, entre 2010 e 2013 houve um aumento de 200% de denúncias de intolerância cibernética, segundo a ONG Safernet. Logo, tendo em vista esses dados, há um impedimento de diversos indivíduos a obterem os seus direitos como cidadãos e a utilização das tecnologias da informática para fins educacionais e sociais.              Em paralelo à questão da atuação das leis, é essencial valorizar os projetos que consiste em denunciar palavras-chave racistas, xenofóbicas e, até mesmo, que estimulem a violência sexual. Dentre vários programas, destaca-se o aplicativo Monitor de Direitos Humanos, baseado na oportunidade de identificar e criminar usuários que reproduzam mensagens de ódio. Entretanto, predomina no Brasil um ineficaz sistema criminal, isso ocorre, frequentemente, por conta do gradativo aumento de incontáveis ocorrências de impunidade que resulta para uma maior ação de pretenso anonimato nas redes sociais.                 Fica evidente, portanto, que a intolerância cibernética precisa ser combatida. Para tanto, seguindo a lógica das leis de refração, a mídia, principal difusora de informação, através de propagandas deve fornecer uma mudança na velocidade de reprodução de discursos ofensivos prejudiciais a integridade de um cidadão. Ademais, cabe ao Conselho Nacional de Justiça em parceria com a União investir em projetos escolares e sociais que promovam, em amplo território nacional, o conhecimento sobre os caminhos a serem trilhados para garantir o cumprimento do artigo 2º dos Direitos dos Homens. Por fim, é necessário que a Associação de pais, jovens e educadores se manifestem em locais públicos solicitando uma imediata mudança no processo criminal.