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Enviada em: 21/10/2017

Seja a partir da Expansão Marítima ou após a vitória dos Estados Unidos na Guerra Fria, o planeta Terra torna-se globalizado e, então, as distâncias diminuem devido ao intenso fluxo de pessoas, capitais e mercadorias. Para facilitar essas trocas, o desenvolvimento tecnológico alcança uma das maiores invenções: a internet, instrumento de grandes conquistas, mas, também, palco de deploráveis manifestações contrárias a dignidade humana que precisam ser combatidas veementemente.          Primeiramente, é importante perceber que a justificativa da liberdade de expressão - assegurada pelo Marco Civil da Internet - e a sensação de anonimato podem servir de respaldo para certas ações criminosas. Por trás da tela do computador, algumas pessoas atacam seus semelhantes com comentários maliciosos e desrespeitosos em razão de polarização de ideologia política, racismo, intolerância religiosa e xenofobia, tendências essas que remetem aos obsoletos regimes nazifascistas. No Brasil, por exemplo, destacam-se os insultos aos homossexuais e aos afro-descendentes, como o episódio em que um internauta depreciou as características físicas da atriz Taís Araújo. Assim, esses criminosos creem que não serão localizados, muito menos punidos.         Na verdade, discursos de ódio não podem ter espaço na cultura brasileira, uma vez que essa foi construída à base da pluralidade de cores, línguas e crenças. Entretanto, existe, nesta sociedade, uma herança enraizada que configura-se na marginalização de minorias, historicamente instituída pelas classes privilegiadas desse país, o que dificulta o papel da educação em destruir determinados preconceitos e estereótipos. Ademais, há falhas no sistema de monitorização e fiscalização dentro dos limites do mundo virtual, os quais dependem que vítimas ou testemunhas denunciem os agressores. Isso, inclusive, sustenta a impunidade e possibilita a persistência dessas ações.          É evidente, portanto, a necessidade de se criar maneiras mais eficazes para coibir manifestações banhadas em ódio nas redes sociais, garantindo, assim, o respeito as diferenças e a democracia. Dessa maneira, o Ministério da Justiça mais o da Tecnologia, em parcerias com universidades, podem elaborar e empregar sistemas de inteligência em todos os sites para detectar e punir os crimes, ao menos com multas e advertências. Também é importante que o Ministério da Educação lance campanhas por meio de TV e cartazes estimulando pais e professores a ensinarem aos pequenos que a riqueza de nosso povo é justamente sua diversidade e, por isso, é preciso valorizá-la, aceitando cada um do seu próprio jeito.