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Enviada em: 09/10/2017

Brás Cuba o defunto autor de Machado de Assis diz em suas “memórias póstumas” que não teve filhos e não transmitiu a nenhuma criatura o legado da nossa miséria, talvez hoje ele percebesse acertado a sua decisão: Pois com essa “onda” de intolerância e discurso de ódio nas redes sócias, fica difícil acreditar na evolução humana.  Em primeiro lugar se nota a falta de reciprocidade em tal meio, um quer se mostrar mais que o outro, o que vale é chamar atenção, levar curtidas, e passar por cima dos sentimentos alheios, haja vista que comentários desnecessários são feitos para agredir famosos assim como pessoas normais, por pessoas que acham oportunidade na parte virtual, visto que não tem leis para defender os agredidos virtualmente. Um caso recente foi com a atriz Thais Araujo, que mesmo sendo um ícone da TV brasileira foi chamada de macaca e outros demais xingamentos. Ela é uma mulher linda e que nem pode negar isso, mas na internet esses tipos de preconceituosos racistas acham oportunidade de agredir qualquer pessoa.  Em segundo lugar além da intolerância tem o discurso de ódio que se torna constante em tal meio nos últimos anos, causando depressões e ate suicídios aos agredidos, e algo que deveria ser usado para diversão e entretenimento acabou se tornando uma porta para pessoas agredirem seu próximo. É necessário cada vez mais investimento do Estado em controle sobre esses crimes, a última invenção foi um aplicativo de internet que identifica crimes cibernéticos pela universidade federal de Espírito Santo (UFES), que busca comentários ou postagens ofensivos de qualquer proporcionalidade e, além disso, pode se denunciar pelo disque 100 com atendimento 24 horas em anônimo. George dizia que “o ódio é a vingança do covarde” então além de se investir em procura dos crimes, deve haver investimento na prevenção.   Mandela dizia que a educação é arma mais poderosa para mudar o mundo, ninguém pode negar o contrario, fica claro que é necessário muito investimento na educação para que tais crimes não exista mais, que pessoas entendam que esse ódio não leva em lugar nenhum, a não ser para a cadeia. O Estado deve por cartilhas nas escolas para desde cedo crianças entenderem que todas são iguais e que palavras machucam, sempre tem um profissional psicólogo nas escolas para orientar os alunos que apresentarem tais atos ou ate mesmo as vitimas, tratar desde cedo para que se possa extinguir esses preconceitos ultrapassados do país e assim criar um legado que Brás Cubas pudesse se orgulhar.