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Enviada em: 10/10/2017

A falta de habilidade em respeitar as diferenças gera atos de comunicação que incitam agressões verbais contra as pessoas. Desse modo, uma sociedade intolerante pronuncia discursos com ênfase em certos e errados, perde o conhecimento e a racionalidade, assim a violência torna-se a política e a extinção da democracia. Nesse contexto, identifica-se que a abrangência de público e a morosidade na punição são os principais atrativos das comunidades virtuais.      Primeiramente, as redes sociais são reflexos da população atual e é um instrumento utilizado para conectar pessoas com interesses em comum. Entretanto, algumas preferem por intermédio dessas estruturas amplificar o ódio e reafirmar preconceitos. De fato, discursos de ódio nas redes são muito comuns, por exemplo, a jornalista Rachel Sheherazade, que realiza apologia a linchamentos e a justiça por conta própria, especialmente contra negros e pobres, nas comunidades virtuais e na rede nacional.    Sob esse viés, o projeto "Comunica que muda" realizou algumas pesquisas e identificou que em média 97% das menções negativas nas comunidades virtuais estão ligadas ao racismo. Assim, evidencia-se que a amplitude é maior nas redes porque não há barreiras geográficas e o compartilhamento é muito ágil. Logo, a morosidade ocorre na identificação dos infratores e na retirada da internet, pois muitos partilham e a existência de perfis falsos são inúmeros, como nos casos contra as celebridades Taís Araújo e Maju Coutinho em que os autores foram identificados e presos.      Portanto, o Governo deve incluir nas escolas debates sobre variados temas a fim de instigar os alunos a refletir e a formar opinião, além de se manterem informados, porque é por meio do diálogo que extingue preconceitos, enriquece mutuamente e encontra a verdade. Desse modo, esses debates podem resultar na criação de plataformas virtuais, workshops e projetos sociais que expandem o acesso a toda a comunidade em prol de distinguir a liberdade de expressão de discursos de ódio, assim o conhecimento é a melhor alternativa para combater a intolerância.