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Enviada em: 24/10/2017

Característica da sociedade brasileira, a intolerância e discursos de ódio tem aumentando diante a facilidade de dispersão de ideias nas redes sociais. O falso anonimato cibernético proporciona poder aos usuários que, ao entenderem que a liberdade de expressão é ilimitada, divulgam convicções de perfis intolerantes e preconceituosos. Desse modo, é imprescindível discorrer o limite da liberdade de expressão e como se dão essas publicações.      Primeiramente, muitos não conhecem os limites da liberdade de expressão. Dessa forma, muitos cidadãos, inferindo que o artigo 5 da Constituição de 1988 é o principal artigo sobre manifestação de pensamento, disseminam suas opiniões sem a preocupação de atingir as minorias. Com isso, elas se mostram intolerantes ao restante da constituição, em que torna crime qualquer atitude de opressão aos outros indivíduos. De acordo com o levantamento realizado pelo projeto Comunica que Muda, em que 84% das postagens nas redes são de cunho ofensivo. Portanto, esses usuários deviam reconhecer que seu direito acaba quando fere o direito do próximo.     Ademais, a minoria é a grande vítima dessas perseguições virtuais. A Declaração de Direitos Humanos e a Constituição de 1988 garantem a liberdade escolha de crença e são avessas à qualquer movimento de repressão de caráter sexual, religiosa e racista. Entretanto, algumas opiniões sociais vão na contra mão dessa garantia. Para tanto, temos o caso em que um usuário do Facebook fez um comentário ofensivo em relação ao cabelo crespo da atriz Taís Araújo dizendo para ela empresta-lo a ele para lavar a louça. Por conseguinte, a internet é a principal via de diversos tipos de preconceito.         À luz do exposto, medidas são necessárias para resolver esse problema. Dessa maneira, a mídia e o Ministério dos Direitos Humanos devem promover propagandas informando os direitos e deveres respaldados por lei diante a manifestação de pensamentos, a fim de diminuir os casos de discursos de ódio. Por sua vez, os administradores das redes sociais deviam realizar constantes revisões dos conteúdos e comentários divulgados, a fim de excluir e até impedir o acesso dos transgressores. Junto à isso, os "youtubers" podiam realizar vídeos ensinando sobre o bom uso dos aplicativos sociais, visto que, a maioria deste público é jovem e, com isso, traria conhecimento a nova geração.