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Enviada em: 04/11/2017

Adotada pela Organização das Nações Unidas em 1946, a Declaração Universal dos Direitos Humanos visa garantir a base do respeito à dignidade humana. Todavia, os frequentes discursos de ódio nas redes sociais representam um entrave para a concretização de tais preceitos no Brasil contemporâneo. Isso se evidencia, não só pela sensação de impunidade no espaço digital, como também pela disseminação instantânea de conteúdos danosos à coesão e ao equilíbrio social.      Em primeira análise, o advento da internet e a facilidade de acesso aos meios de comunicação proporcionaram novas ferramentas para a perpetuação de ideologias intolerantes. Dessa forma, a possibilidade de anonimato e a errônea crença de que a legislação não se aplica às posturas online estimulam muitos indivíduos a expressarem pensamentos preconceituosos. Por conseguinte, o ambiente virtual é permeado por ideários racistas, misóginos, homofóbicos, os quais são inadmissíveis em um regime democrático e consoantes aos Direitos Humanos.     Outrossim, a rápida propagação e as dificuldades para remover tais conteúdos do âmbito cibernéticos ampliam, sobremaneira, os efeitos nocivos das falas discriminatórias. De acordo com o conceito de “banalidade do mal”, proposto pela filósofa Hannah Arendt, a pior maldade deriva da irreflexão.Sob esse viés, práticas cotidianas e aparentemente inofensivas, como curtidas e compartilhamento de postagens relacionadas ao “cyberbullying”, por exemplo, são extremamente prejudiciais e encorajam a persistência de tais ações. Diante disso, para combater a problemática, é imperativo repensar comportamentos diários.      Destarte, cabe