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Enviada em: 11/10/2017

Ao brasileiro é usualmente associada uma imagem de hospitalidade e cordialidade mas, nas redes sociais, o comportamento da população mostra-se bem diferente. São frequentes os debates repletos de insultos e incitação ao ódio, cujos desdobramentos muitas das vezes terminam nos tribunais. É necessário um enfrentamento formal do problema a partir de procedimentos legais e de caráter educacional, visto que à liberdade de expressão devem ser atribuídos limites.    A conturbada conjuntura sociopolítica da atualidade contribui expressivamente para a transformação das redes sociais em verdadeiros campos de batalha. De fato, a internet contribui para dar voz a qualquer um, que pode divulgar livremente seus pontos de vista. Utilizando-se da liberdade oferecida pelo espaço virtual, muitos grupos radicalizaram-se ideologicamente e utilizam a internet para atacar implícita ou explicitamente outrem.   Observa-se que discursos de ódio são em grande parte acompanhados de um viés preconceituoso orientado principalmente às minorias e grupos políticos. Temas que repercutem na sociedade, como é o caso dos movimentos de defesa dos direitos das minorias, são frequentemente ironizados e publicamente atacados com comentários e manifestações discriminatórias. Nessa conjuntura, o número de denúncias acerca de material ofensivo publicados em páginas e aplicativos em geral cresceu substancialmente.   É necessário educar a população acerca da utilização pacífica das redes sociais para a manifestação de ideias, o que se dá na forma de conscientização geral através de campanhas e publicidades orientadas à educação em ambientes virtuais. Aliado a isso, se faz necessária a intensificação de leis e artifícios punitivos para a identificação e tratamento de crimes virtuais. Tomadas essas medidas, caminha-se para uma maior civilidade na internet.