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Enviada em: 12/10/2017

A evolução humana é marcada pelo extermínio no período do nazismo, estima-se que restaram seis milhões de judeus mortos. Na contemporaneidade, as redes sociais constituem-se em instrumento de propagação da intolerância e do discurso de ódio, haja vista que os dados da ONG Safernet apontam crescimento de 200 %  nas denúncias, somente entre os anos de 2010 e 2013, sobre essa forma de conteúdo. Dessa maneira, diversos movimentos, mediante intensa luta, buscam transformar esse comportamento social, o qual está fundamentado em preconceitos arraigados no ser humano e na contrariedade a aceitação das diferenças entre os indivíduos.       Segundo o pensamento de Durkheim, o fato social é a maneira coletiva de agir e de pensar. Sendo assim, em pleno século XXI, a partir dos avanços tecnológicos alcançados, o homem, em muitos casos, ainda não consegue refletir sobre o encadeamento das relações sociais, mantendo práticas que se contrapõem ao direito de liberdade e igualdade.       Consoante Immanuel kant, "o homem é aquilo que a educação faz dele". Nessa perspectiva, a interatividade facilita a reprodução dos comportamentos abusivos, os quais conduzem a agressividade verbal e  física, resultado dos preconceitos seculares, conduzindo a coletividade à completa desarmonia no arranjo social.        Logo, a fim de resolver essa grave problemática, que está fortalecida  pelo uso das redes sociais, é imperioso que o Congresso Nacional proponha grupos de trabalho, com especialistas na área, no intento de elaborar a legislação específica sobre intolerância na internet. Em outra ação, as escolas, junto às comunidades, precisam propor projetos de debate que ensejem a temática da liberdade individual e do direito coletivo associados ao uso das tecnologias, formando indivíduos críticos e atuantes na transformação social. Enfim, a sociedade civil - associações comerciais e industriais, sindicatos patronais e dos trabalhadores e ONGs - deve incentivar a integração ao mercado de trabalho às populações que são alvo dessa agressão, tornando-se agentes efetivos na mudança comportamental coletiva.