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Enviada em: 13/10/2017

O famoso escritor Português, Fernando Pessoa, utiliza um recurso durante o processo de criação, denominados heterónimos; que são personagem fictícios idealizados por ele, cada um com uma personalidade diferente. Todavia, fora da literatura, a população quando está conectada acaba tomando o recurso do escritor, mudando de persona constantemente. Essas, as utilizam como meio de intolerância e discurso de ódio. Desse modo, é necessário um olhar mais atento sobre como funciona as redes sociais e as manifestações individuais que acabam abrangendo a todos.                É preciso considerar, antes de tudo, sobre as redes sociais. De acordo com o criador do Facebook, o aplicativo já tem mais de 3 bilhões de usuários em 2015. Dessa forma, o mundo acaba se conectando quase que instantaneamente e toda informação é despejada aos milhares à todo segundo, sendo quase impossível filtrar os assuntos. Por consequência, críticas são escritas e publicadas sem um pensamento coletivo prévio, levando à intolerância e aos diversos casos de discursos de ódio que são divulgados pela mídia todos os dias. Prova disso, foi o caso da atriz Taís Araujo, que sofreu ataques constantes dos internautas através de linchamentos que abrangiam até o racismo.            Ademais, convém frisar sobre a inflexibilidade da população dentro das redes sociais m pesquisas recentes apontam que em apenas 8 minutos de utilização um hormônio chamado dopamina é liberado e acaba favorecendo a euforia. Sendo assim, o ativismo e a falta de senso crítico são favorecidos pelo indivíduo, que ataca anonimamente à todos que não gosta. Por consequinte, acaba gerando o cyberbullying, o racismo e as diversas formas de ódio e intolerância que são potencializadas pelo agressor e atomizadas pelas vítimas. Como por exemplo o caso da garota americana, Amanda tood, que após sofrer bullying e agressão física, por causa de uma foto que acabou sendo divulgada nas redes sociais, suicidou-se.                 Torna-se evidente, portanto, que a intransigência nas redes sociais é um problema. Para o filósofo John Locke, uma coisa é mostrar a um homem que ele está errado é outra é instrui-lo com a verdade. Dessa forma, a mídia deve contribuir como agente direto nessa pedagogia social, devendo fazer pequenos comerciais e "banners" que abrangem o respeito com o próximo, além de reforçar e instruir a população de como denunciar caso veja uma publicação que fere os direitos humanos. Tudo isso será divulgado pelas próprias redes, o que ajudará e lembrará o indivíduo quando for postar algo que prejudique o próximo. E então, irá não apenas mostrar a verdade ao homem, mas instrui-lo que tais atitudes são erradas e reprimidas pelo povo.