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Enviada em: 15/10/2017

O século XX foi, indubitavelmente, célebre da constituição de vários gêneros científicos, dos quais pode-se destacar a "internet". Tal ferramenta de intercomunicação, diluiu as diversas barreiras físicas e sociais que fracionavam as mais distintas culturas, impulsionando uma maior interação entre elas. Entretanto, ao passo que coadjuva o compartilhamento de ideologias, a "World Wide Web" torna-se progressivamente arena de manifestação de rancor e intolerância, uma vez que se é analisado um paradoxo implícito de liberdade de expressão e discurso de ódio. Precipuamente, ao avaliar o tema supracitado por um prisma estritamente histórico, nota-se um alicerce que sustenta toda a problemática.    A história humana, segundo Marx, é marcada pela estratificação social/racial. Intolerância, discriminação e repressão, são fenômenos sociais vigentes durante todo contexto, só que vivenciados de maneira subjacente. O Darwinismo social - aplicado a partir do século XIX- proporcionou um viés científico ao preconceito, uma vez que foi usada, de maneira equivocada, a teoria da "Seleção Natural". Ademais, esse princípio darwiniano aliado a ondas segregacionistas, propiciou ao corpo social suporte para os fatos sociais hodiernos.     Outrossim, com advento da Globalização Informacional, tal repressão, tocante ao que é diferente, alcançou patamares caóticos ao introduzir-se à Internet. As mídias sociais deram impulso a manifestações odiosas por meio do anonimato, sendo essas repreensões tão barbáries quanto às físicas. Um exemplo insensato disso foi o que ocorreu, no ano de 2015, com a então climatologista do Jornal Nacional, Maria Júlia Coutinho. A apresentadora foi vítima de comentários perversos, de caráter racista, em uma publicação feita em sua página do Facebook. Exemplos como esse vão contra a ideologia positivista defendida por Augusto Comte, na qual, "a ciência poderia ser usada para construir um mundo melhor".    Urge, portanto, a necessidade de medidas - governamentais, educacionais e familiares - que propunham possíveis soluções para a problemática. Desse modo, O Sistema Judiciário necessita programar leis mais severas à essas ações, como também melhorar a fiscalização online. O Ministério da Educação, em parceria com Núcleos Tecnológicos, deve promover campanhas informativas nas escolas, com intuito de promover aos alunos e a população aplicativos para fins de conscientização. As famílias que, parafraseando Edmund Burke, "são fábricas que produzem personalidades humanas", devem fiscalizar, educar e debater com os membros as reais consequências que ações intolerantes podem ocasionar ao  corpo social .