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Enviada em: 15/10/2017

Durante a época do Império Romano, seus cidadãos denominavam genericamente, como bárbaros, os povos que não falavam o Latim e que não seguiam a religião católica. Para combater esse pensamento arcaico e xenofóbico na internet, deve-se exigir a colaboração das empresas donas das redes sociais e promover uma reforma educacional abrangente, de modo a torná-lo mais inclusivo.    Primordialmente, deve-se discutir a necessidade de colaboração das mantenedoras das redes sociais. O Marco Civil da Internet prevê que as empresas, para que possam atuar em território nacional, devem salvar seus dados em território brasileiro, para que esteja sob jurisdição nacional. Na prática o que ocorre é o sumário desrespeito à lei, com empresas simplesmente se negando a fornecer os dados. Assim, as autoridades brasileiras não tem meios efetivos de investigar e punir os transgressores, propagando o sentimento de impunidade que impera no mundo virtual.    Ademais, urge a importância de se modificar o desatualizado sistema educacional brasileiro, adequando-o à realidade atual. Em dissonância com  o que é visto em países europeus mais desenvolvidos, notoriamente a Noruega, onde temas sexuais e ideológicos são discutidos abertamente, o Brasil adota postura típica do século XIX e trata tais temas como tabus. Ao não educar as crianças de forma abrangente, muitas acabam replicando o discurso antiquado de pais e familiares, reproduzindo-os nas redes sociais.    Em suma, são notórios os impactos que o descumprimento do Marco Civil da Internet e a educação precária possuem sobre o discurso de ódio online. Isso deve ser mudado com auxílio do Legislativo, de forma a ratificar o Marco Civil, e cabendo ao Judiciário punir adequadamente as empresas, incentivando-as a colaborar e ceder os dados necessários. O Ministério da Educação deve, através do Conselho Nacional de Educação, modificar o currículo educacional de modo a ampliar as discussões de temática sociológica para educar os alunos desde a infância, com objetivo de inibir a proliferação da intolerância.