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Enviada em: 15/10/2017

Caverna social: Intolerância e violência       O Brasil é apontado pelas mídias de diversas nações como um dos país mais cordiais em relação as diferenças, porém os rankings de violência ao redor do mundo revelam outra realidade. Segundo o Datafolha, 44% das morte de homossexuais, negros e mulheres ocorrem no Brasil,sendo quase 20% destes iniciados com injúrias em diversos meios. Com o advento das redes para ampliação da livre circulação de informações e ideias, a intolerância ganhou nitidez e perigo, estimulando o arbítrio imoral daqueles que utilizam o anonimato como arma para a violência.        Atualmente, diversas discussões sobre a situação política brasileira têm promovido uma politicagem, segundo os internautas, referindo-se ao pouco conhecimento dos belicosos acerca do tema, mas que, mesmo assim, revelam discursos de ódio contra aqueles que são diferentes. Isso ocorre porque a internet possibilita um distanciamento entre os envolvidos, os quais brigam sem estar em contato direto, facilitando a dispersão de comentários intransigentes.        Além disso, o anonimato proporcionado pelas redes sociais permite que as pessoas incitem comentários perversos, por pensarem que não serão punidos. Porém, alguns casos mais extremos têm recebido destaque da Justiça Federal, como o caso da jornalista Maria Júlia Coutinho, que recebeu comentários racistas através de sua conta no Twitter e recorreu à polícia para avaliação do caso, entrando para um dos 993 casos relativos à injúria no último ano, mostrando que os acometidos estão buscando seus direitos.        Entretanto, a discriminação revelada nas redes é fruo de um panorama social que aponta os pensamentos da sociedade, os quais, atrelados a liberdade de expressão, são divulgados sem constrangimento nos meios de comunicação em comentários racistas, homofóbicos e misóginos, fomentados pela ausência de controle das plataformas online.        Em vista dos fatos mencionados, é imprescindível a busca por formas de combater a intolerância no Brasil. Assim, o governo deve, com o auxílio do Ministério da Educação, implantar debates lúdicos nas escolas acerca da necessidade de respeitar as diversidades com o objetivo de promover a tolerância desde cedo, além de usar a mídia para promover propagandas que incitem a liberdade de expressão sem a propagação do preconceito por meio de propagandas em horário nobre, que possui maior alcance. Ademais, o governo deve investir em plataformas que avaliem, por meio de palavras-chaves, comentários intolerantes para serem encaminhados a órgãos responsáveis a fim de combater este crime, favorecendo a propagação do respeito e da aceitação das diferenças.