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Enviada em: 16/10/2017

O poder do anonimato    Intolerância e discursos de ódio não é um problema inventado pela geração das redes sociais, visto que uma das principais estratégias usadas por Adolf Hitler no Estado nazista foi a incitação de discursos intolerantes contra diferentes grupos. Com o avanço da tecnologia, o ambiente em rede apenas proporcionou um espaço onde opressores intolerantes têm a oportunidade de se tornarem anônimos.       Nos tempos atuais, questões como o limite na liberdade de expressão e a fragilidade do poder do diálogo se tornaram mais presentes do que nunca. Crimes cibernéticos como pornografia infantil, racismo, homofobia, entre outros, ficam concentrados em redes sociais pois permitem um fácil acesso ao anonimato. Em um país alicerçado na  burocracia, a internet se faz "Terra de ninguém" e cada vez mais brasileiros são condicionados à impunidade por falta de leis específicas para o mundo virtual.     Contudo, a problemática se torna mais abrangente. Segundo uma pesquisa feita pela  ONG Plan, cerca de 32% dos internautas  do Facebook já foram vítimas do cyberbullying, que nada mais é do que humilhar, ridicularizar e ameaçar alguém pela web. O caso da jornalista Maria Julia Coutinho, que foi vítima de uma série de comentários racista e machistas em uma rede social, sendo que a maioria dos perfis eram falsos e organizados por um grupo que promovem esse tipo de ataque, é um exemplo claro dessa realidade.      Convém, portanto, a necessidade de uma avaliação das leis existentes no Brasil feita pelo Ministério das Comunicações juntamente com a Sarfanet, averiguando o números de casos existentes para que o problema seja resolvido e evitado, com essa reformulação um instrumento de prevenção e apoio ficará disponível para um melhor uso da sociedade. Ademais, empresas como o Google e o Facebook podem promover campanhas para um melhor uso da internet, o que deve ocorrer mediante o fornecimento de palestras e propagandas no próprio site.