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Enviada em: 18/10/2017

Em meados de 1960, no contexto da Guerra Fria liderada pela União Soviética e Estados Unidos, surgia a internet, naquele momento denominada ARPANET. Objetivando a decodificação de mensagens nazistas, aos poucos a internet foi tomando espaço no Brasil e no mundo, para as mais diversas finalidades. Entretanto, a atualidade descobriu uma nova e negativa função para a internet: ser palco para discurso de ódio contra as minorias.   Atualmente, as redes sociais têm sido o principal meio utilizado pela sociedade para expressar suas opiniões, que, em quase 90% dos casos, é feita de maneira discriminatória e ofensiva, conforme dados de um artigo publicado pelo “Comunica que muda”. Nota-se, portanto, que a internet se tornou um veículo propagador de ódio entre as pessoas, sobretudo em desfavor das minorias já oprimidas pela sociedade.   Assim, percebe-se que a difusão da discriminação e do preconceito neste meio se dá em razão de uma interpretação equivocada e irrestrita do artigo 5º da Constituição Federal, que protege a liberdade de expressão. Assim, diante da carência de bom senso e de respeito entre as pessoas, a livre expressão da opinião, quando feita de forma discriminatória, se tornou um problema público e deve ser combatido.    Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Inicialmente, cabe ao Congresso Nacional elaborar leis eficientes, que penalizem os praticantes de atos discriminatórios nas redes. Ainda, considerando o pensamento de Immanuel Kant, que “O ser humano é aquilo que a educação faz dele”, cabe ao Ministério da Educação implantar projetos escolares, em parceria com a família, a fim de que esta fiscalize de perto a forma como seus filhos utilizam a internet, alertando-os quanto ao seu bom uso, bem como ministrem palestras nas escolas especificamente para os alunos, a fim de que estes sejam conscientizados sobre a importância de respeitar o próximo, pois, como afirmou Platão: "O importante não é viver, mas viver bem".