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Enviada em: 18/10/2017

Hitler, durante o regime nazista na Alemanha, disseminou ideias de preconceito contra judeus, gays, lésbicas e deficientes físicos por meio de atitudes violentas e repressoras. Apesar do fim do regimes totalitários, é notório que a questão da intolerância tem se agravado no Brasil, onde o discurso de ódio não tem se limitado apenas ao meio físico, mas atingido os cidadãos por meio dos veículos midiáticos de comunicação. Nesse contexto, convêm discutirmos, não só os efeitos, bem como os fatores que impedem a problemática de ser solucionada.            Em primeiro lugar, a falta de empatia na relações pessoais tem gerado consequências prejudicais a harmônia da sociedade. Isso porque, com o avanço tecnológico marcado no século XXI, aumentou-se os crimes cometidos no ambiente virtual, onde aversão as diferenças se faz presente, como mostram dados divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada,  no qual mais de 60% da população já sofreu algum tipo de discriminação nas redes sociais, sendo 40% devido a cor e condição social. Por outro lado, o conflito que começou na rede, muitas da vezes, resulta em assassinatos, uma vez que essa é uma das formas que a vítima encontra para se livrar dos abusos sofridos pelo agressor.        Além disso, existem diversos motivos que intensificam o impasse. A começar pela ineficiência dos mecanismos de fiscalização, haja vista que segundo a Constituição Federal de 1988 - norma de maior hierarquia no sistema jurídico brasileiro- todos os crimes envolvendo intolerância devem ser julgados  entretanto, na prático isso não ocorre. Tal fato se evidencia no não cumprimento dos parâmetros do artigo 5, no qual é afirmado a punição de todos as pessoas que infligirem tais atos. Ademais, a falta de investimento na mudança de mentalidade faz com que os conflitos se espalhem cada vez mais, visto que de acordo com o sociólogo Francis Bacon, o comportamento humano é essencialmente "contagioso" , logo ações  inadequadas tentem a influenciar outros seres.         Fica clara, portanto, a necessidade de reverter os casos de irrespeito a pluralidade e as exposições hostis na internet. Para isso, é preciso que o Ministério da Justiça juntamente com a Receita Federal apliquem certa parcela dos  impostos arrecadados no supervisionamento do cumprimento das leis, principalmente as que envolvem os direitos das minorias reprimidas, para que sejam erradicadas quaisquer formas de discriminação, e haja uma  sociedade mais harmônica. Em consonância, o Ministério da Educação deve promover palestras e campanhas educativas com temas envolvendo a tolerância, essas podem ser divulgadas pela Mídia nas redes sociais, a fim de romper com todos os discursos desmoralizadores presentes. Quem sabe assim, com a concretização das propostas, o Brasil seja um exemplo a ser seguido por outras nações.