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Enviada em: 18/10/2017

Redes sociais, como o nome sugere, são conexões sociais. A maior diferença nessas relações inter-pessoais é o local em que ocorrem: a internet. Atrás de uma tela, qualquer pessoa pode manifestar sua opinião, mas existem casos em que esse ato é considerado um crime. Manifestações de ódio contra minorias têm se tornado cada vez mais frequentes no mundo digital. Combater essa prática e punir os acusados requer um esforço conjunto da justiça e da sociedade civil.       De acordo com dados divulgados pela ONG Safernet, de 2010 a 2013, o número de denúncias contra publicações de ódio aumentou em 200%. Apesar da internet permitir livres manifestações ideológicas, as ofensas que as páginas da "web" podem conter ferem os direitos humanos os direitos individuais.        A internet não é uma "terra sem lei". O Brasil possui uma legislação que prevê punições para crimes cometidos no ambiente virtual, o Marco Civil da Internet. A justiça brasileira conta com mecanismos de denúncias para crimes cibernéticos. ONGs, como a Safernet, também podem ser utilizadas como um meio de denunciar atos de intolerância na rede para que os autores sejam punidos.       Entretanto, apenas punir não é suficiente. As opiniões têm uma origem, por se tratar de opiniões que ferem o direito do outro, encontrar o cerne e desconstruí-lo é vital para sanar o problema. O governo federal, através do  Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, poderia promover campanhas de promoção dos direitos humanos em escolas e centros urbanos. O diálogo e o contato entre as partes "contrárias" pode desconstruir o preconceito e derrubar a intolerância.