Materiais:
Enviada em: 23/10/2017

Segundo Albert Einstein: "É mais difícil quebrar um preconceito do que um átomo". No contexto do Brasil contemporâneo, esse pressuposto parece ter tornado-se uma verdade, tendo em vista que a replicação da intolerância transformou-se em uma prática frequente na sociedade brasileira. Tal ato tem sido disseminado na maioria dos setores públicos ganhando maior espaço nas redes sociais, já que estas proporcionam ferramentas atrativas para a difusão das práticas discriminatórias.     Pode-se afirmar que, em consequência da sociedade brasileira ter passado por várias transformações sociais e conceituais, padrões como o patriarcalismo e o elitismo, que antes eram a base de discernimento do povo sobre as suas atitudes, passaram a perder visibilidade devido o avanço da modernidade, consequentemente, as atitudes preconceituosas têm aumentado no contexto atual, posto que, esses princípios arcaicos e discriminatórios ainda estão enraizados na população conservadora, a qual busca inúmeras formas de impactar os que não seguem esses preceitos.        Diante disso, deve-se lembrar que, as redes sociais tornaram-se ferramentas atrativas para esses preconceituosos, já que essas proporcionam não só a rápida difusão das informações, contribuindo assim, para a abrangência de um maior contingente populacional, mas também o anonimato, o qual , na maioria das vezes, garante o poder do indivíduo de disseminar conteúdos relacionados a crimes de pornografia infantil, racismo, apologia e incitação a infrações contra a vida, sem arcar com as consequências desses atos. A verificação disso é que segundo a multinacional Symantec, empresa de segurança na internet, a cada minuto, 54 pessoas são vítimas de delitos cibernéticos no Brasil.        Para que seja garantido a segurança dos indivíduos no contexto virtual e para que esses possam receber assistência jurídica, é necessário, portanto, que o Poder Legislativo crie uma lei, a qual tipifique como crime de ódio e hediondo a utilização da internet como mecanismo de propagação de atitudes preconceituosas, no intuito de endurecer as penas para os condenados e assim coibir mais violações. Ademais, o Governo Federal deve implantar um atendimento telefônico exclusivo para denúncias contra as violações cibernéticas, mas também incentivar por meio de campanhas televisionadas a realização dessas delações por parte dos indivíduos, a fim de que estes, além de colaborarem com as investigações, também recebam orientações sobre como agir ao se deparar com essas situações.