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Enviada em: 25/10/2017

A Declaração Universal dos direitos humanos, adotada pela organização das nações em 1946, visa garantir a base do respeito à dignidade humana. No entanto, os frequentes discursos de ódio nas redes sociais representam um obstáculo para a concretização de tais preceitos na sociedade contemporânea. Nesse contexto, é válido ressaltar que isso se evidencia, não só pela ascensão do espaço digital, como também pela  liberdade de expressão excessiva.        A internet trouxe inúmeros benefícios, entretanto, a finalidade que lhe será dada depende de cada cidadão. Já dizia Santo Agostinho "Par a par com a liberdade anda a responsabilidade". Mesmo em redes sociais é preciso ter responsabilidade quanto a usar tais ferramentas, pois, sendo de uso coletivo não é coerente agir de maneira individual. Porém, na sociedade atual, conforme defendeu Zygmunt Bauman, o individualismo é comum e assustador. Sendo assim, a solidariedade é cada vez menor, gerando a intolerância imoderada.     Além disso, a liberdade de expressão não é um direito fundamental absoluto. Atualmente, essa liberdade ultrapassa os limites, agredindo alguém, espalhando ódio e incitando a violência através da intolerância. Por conseguinte, com a possibilidade de anonimato o ambiente virtual é permeado por ideias racistas, homofóbicas e pensamentos hostis. Dessa forma, denúncias de incitação a crimes contra a vida cresceram de 33 para 2.398 em 3 anos apenas no facebook.     Sendo assim, fica claro, que medidas são necessárias para sanar essa problemática. Cabe, portanto, às cooperativas responsáveis pelas redes elaborar mecanismos de denúncia, além de contratar funcionários para monitorar as postagens irregulares e providenciar possíveis punições para os responsáveis retirando-os  de circulação. As escolas em parceria com as famílias devem estabelecer projetos buscando formar cidadãos conscientes da diversidade cultural e instruí-los para um uso responsável da internet e das redes sociais. Por fim, a mídia deve promover campanhas no meio televisivo, a fim de alertar a população quanto à reprodução de imagens e textos associados ao discurso de ódio, reduzindo a sua disseminação. Buscando assim, uma nação livre das mazelas da intolerância.