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Enviada em: 20/10/2017

REDE DE ÓDIO E VIOLÊNCIA     Em ondulatória, sempre que uma onda é estimulada de modo a aumentar sua amplitude em decorrência de um ganho energético, pode-se afirmar que foi amplificada. De modo análogo, as redes sociais amplificaram a intolerância e o discurso de ódio no mundo contemporâneo. Logo, faz-se necessário desconstruir o mito da impunidade e a crença no anonimato, aspectos que fomentam o fenômeno.        Nesse sentido, a massificação do uso de redes sociais e a crise mundial pós 2008 provocou o fortalecimento de ideologias associadas a intolerância e ao discurso de ódio. Assim sendo, manifestações de intolerância étnico-racial e religiosa, homofobia, misoginia, neonazismo, dentre outras, migraram do mundo real para o virtual. Desse modo, as conexões proporcionadas pelas redes sociais, ao invés de promoverem sociabilidade, muitas vezes, amplificam o preconceito e a segregação.        Dentre as causas do fenômeno descrito estão a crença na impunidade e o mito do anonimato. O fato da ausência de contato real e físico permite o distanciamento moral e ético dos agressores. Logo, alguns sujeitos se sentem confortáveis para agredir indivíduos que julgam inferiores. Assim, concepções etnocêntricas se apropriam da "liberdade de expressão" para  desconstituir a dignidade da pessoa humana.     De certo, a intolerância e o discurso de ódio nas redes sociais são problemas que ferem direitos e promovem sofrimento. Desse modo, faz-se necessário que os governos implantem legislações específicas que coíbam e punam crimes do gênero. Além disso, empresas como Facebook, Instagram, Youtube e Whatsapp devem ser obrigados a rastrearem e denunciarem conteúdos de intolerância e ódio de quaisquer gênero. Somem-se a isso, esforços da Organização das Nações Unidas para Educação (UNESCO) em inserir nos sistemas de educação nacionais conteúdos didáticos que prezem pelo respeito nas redes sociais. Dessa maneira, o mundo será um lugar menos hostil e mais integrador.