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Enviada em: 22/10/2017

O preconceito nos espaços virtuais     Acerca dos avanços técnico-científicos, observa-se a influência da internet nas relações interpessoais no século XXI. Por isso, o anonimato, juntamente com o estímulo à intolerância, consolidam o discurso de ódio nas redes sociais, Logo, a sociedade brasileira está ativa e passivamente ligada ao preconceito propagado nesse meio de comunicação.         Por certo, os impactos da Terceira Revolução Industrial transformaram não somente as relações de trabalho, mas também o modo como as pessoas interagem socialmente. Em decorrência disso, a internet visa ampliar a instantaneidade e  o contato entre as gentes, além de garantir a proteção identitária dos usuários. Assim, a opção por perfis anônimos viabiliza as manifestações intolerantes nas redes sociais devido ao sentimento de invisibilidade agregado a eles.        Ademais, a historicidade de regimes totalitários e conservadores são preocupantes se relacionados aos discursos de ódio nas redes sociais, posto que originam-se da intolerância a homossexuais, mulheres, negros, etc.. À vista da persistência desses valores, é preciso compreender a influência da cultura e da educação para a construção do preconceito que tem sido amplamente propagado nos espaços virtuais. Para tanto, a banalização do mal, proposta por Hannah Arendt, evidencia a negligência e  a impunidade asseguradas aos agentes da discriminação na internet.        Portanto, a fim de erradicar a intolerância e o discurso de ódio nas redes sociais, torna-se necessária a interferência do Estado e das escolas. Assim, o Governo Federal deve regulamentar as postagens por intermédio de uma legislação específica para esse comportamento, além de garantir a efetividade dessa medida pelo Poder Judiciário com o intuito de cessar as manifestações preconceituosas tão facilmente proferidas na internet. Para mais, as escolas em parceria com as famílias têm a função de educar os jovens para a consolidação de uma sociedade consciente e tolerante, capaz de respeitar e incluir as minorias sociais.