Materiais:
Enviada em: 22/10/2017

Aristóteles, filósofo que viveu na Grécia Antiga, afirmava que o homem é naturalmente um ser político, no sentido de necessitar viver de forma harmoniosa em sociedade. No Brasil atual, essa harmonia social é prejudicada pela propagação do ódio e da intolerância no âmbito das redes sociais. Essa vigente situação fere os princípios e direitos individuais garantidos pela Constituição Federal de 1988, e, portanto, deve ser combatida.     Em primeiro plano, a intolerância é oriunda da conduta moral do ser humano. Isso pode ser observado nas obras de Machado de Assis, um autor que buscava analisar psicologicamente o indivíduo, evidenciando características inerentes ao homem, como o egoísmo e a vaidade. Esses aspectos dificultam o estabelecimento de relações harmoniosas entre as pessoas, principalmente quando ocorre divergência de opiniões.    No que tange ao meio virtual, percebe-se que a internet apenas ampliou a disseminação de preconceitos preexistentes, haja vista que nela é possível criar perfis falsos e difundir o ódio com a falsa sensação de anonimato. O desconhecimento de muitos usuários quanto à existência de meios de denúncia - como o site Safernet, o Disque 100 e o Canal do Cidadão do MPF - contribui, também, para a ocorrência de crimes de ódio em redes sociais.    Logo, com o intuito de combater a intolerância e o discurso de ódio no ambiente virtual, é necessário que as instituições formadoras de opinião, escolas e famílias, promovam , em ação conjunta, uma cultura de respeito ao diferente, por meio do diálogo, do exemplo e de aulas de sociologia que abordem o tema e suas implicações. Ademais, a mídia e as redes sociais, por meio de peças publicitárias, devem orientar os internautas sobre as providências a serem tomadas em caso de crimes de ódio virtuais. Dessa forma, será possível, paulatinamente, atingir a harmonia aristotélica na sociedade.