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Enviada em: 22/10/2017

República velha. Estado novo. Ditadura militar. Governos autoritários e intolerantes fizeram parte da formação do Brasil que conhecemos hoje. Assim, fica claro que as redes sociais não criaram discursos de ódio, elas deram voz, público e anonimato para seus proferidores.       Em primeira análise, vale lembrar que o marco civil da internet, regulamentado em 2016, traz como regra que provedores de aplicações exijam nome,CPF e/ou email de seus usuários. Mesmo assim, contas que existem apenas para espalhar discursos negativos não podem ser ligadas a ninguém no "mundo real". Prova disso são os ataques racistas cometidos contra a atriz Taís Araújo e a jornalista Maria  Julia Coutinho no ano passado. Ambas denunciaram os ocorridos, mas os responsáveis ainda não foram identificados.       Outro ponto importante dessa discussão é a denúncia. o Estado Brasileiro não diferencia crimes cometidos online dos cometidos offline, mesmo isso não sendo conhecido pela população. Assim programas como o humaniza redes, que busca conscientizar a população acerca desse tema, e o disque 100, especializado em denuncias de crimes online, acabam perdendo parte da sua eficiência quando a sociedade sequer sabe da sua existência.       Por tudo isso, fica claro, que apesar de alguns acertos ainda estamos longe de tornar as redes sociais um ambiente seguro. Em primeiro lugar o poder público criador do marco civil da internet pode fiscalizar sites e aplicativos a fazer valer o que está escrito no Diario Oficial, inclusive divulgando, através de peças publicitárias, serviços como o disque 100 e contar com ajuda da população nisso. A escola pode promover dbates epalestras sobre diversidade e tolerância fazendo valer seu papel de integradora social. Afinal, segundo Pitágoras, quando educamos as crianças não se faz necessário castigar os homens.