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Enviada em: 25/10/2017

Conhecida por apresentar a previsão do tempo, a jornalista Maria Júlia Coutinho foi alvo de preconceito racial nas redes sociais logo após aparecer em um jornal de alcance nacional, apelidos ofensivos e discursos de inferioridade eram proferidos contra a apresentadora. Indo contra o movimento foi criada a manifestação "somos todos Maju" que além de denunciar ofensas funcionava como um ponto de apoio a todos que já foram alvo desse preconceito. Combater o discurso de ódio na internet é uma necessidade visto que contribui para a inclusão social e a diminuição de casos de suicídio.   A popularização das redes sociais acarretou o surgimento de uma nova forma de violência, o chamado cyberbullying. Os agressores agem por meio do anonimato, o que lhes confere uma perda de autocensura atacando sem o medo do punimento legal. Entre os jovens a preocupação deve ser ainda maior já que o bullying virtual pode ser silencioso e sua ocorrência nem sempre é percebida pelos pais, agindo como um fator atenuante de casos de suicídio. É o que acontece na série os 13 porquês que ganhou notoriedade ao relatar os passos de uma garota que, vítima de ataques variados, tirou a própria vida.   Por conseguinte, opor-se à intransigência virtual aumenta a inclusão social. É muito importante a discussão do tema nas escolas, a percepção de um jovem que uma piada ofensiva feita contra um negro, por exemplo, é errada é a chave para uma sociedade que respeita acima de tudo.   Portanto, medidas são necessárias para reaver o impasse. Em parceria com o Ministério da Educação as escolas devem promover debates contínuos sobre intolerância e preconceito através de campanhas, seminários, conversas com psicólogos inclusive para ressaltar o papel dos observadores, aqueles que presenciam a situação e não falam nada. Com isso, divulgar o disque 100, programa federal que recebe denúncias cybernéticas, é fundamental para punir esses casos e caminhar para uma sociedade menos incomplacente.