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Enviada em: 25/10/2017

Desde o final do século XX, com o advento da Word Wide Web, uma rede mundial integrada de computadores, o uso da internet vem crescendo exponencialmente. Percebe-se, atualmente, o surgimento de uma comunidade virtual - que assim como o Estado de Natureza hobbesiano - é marcada pela violência e por crimes tornando indispensável a tomada de medidas que resolvam a questão.      É indubitável que a internet cumpre seu papel de difundir ideias, informações e ideais. Isso ocorre devido ao elevado contingente de pessoas que vivem, sobejamente, no mundo virtual, gerando uma tipologia de sociedade Smart. Todavia, o termo Smart (que se refere à velocidade do fluxo informacional) também se aplica às campanhas de ódio e à pratica do cyberbulling caracterizando, claramente, uma derrota nessa sociedade digital - que segundo o filósofo Jean Paul Sartre é o que a violência é independente da forma de como se manifeste.      Outrossim, é incontrovertível que a problemática está longe de ser resolvida. Segundo Saint John-Perse, a democracia, mais do que qualquer outro regime político, exige o exercício da autoridade, em prol de se assegurar o bem comum. Contrariando a tese do filósofo, embora exista uma vasta categorização dos crimes praticados nas redes sociais, dificilmente, há uma real fiscalização e combate a esses. Isso justifica o fato de que, segundo uma pesquisa realizada pela Intel Corporation, 66 % das pessoas que utilizam as redes já presenciaram uma situação de cyberbulling, insultos, ameaças de estupro e pedofilia nessas, contrariando o estabelecimento de um Estado de bem-estar social.     Destarte, é evidente que medidas são necessárias para mitigar o impasse. Primeiramente, os donos das redes sociais, como Facebook, Twitter e Instagram devem criar novos servidores e ramais online de denúncia, aumentando a fiscalização e diminuindo a difusão de campanhas de ódio nesses ambientes. Ademais, seria pertinente a atuação de ONGs, por meio do ativismo social, que estimulem os usuários a denunciarem a violência no meio virtual e, por conseguinte, combatendo a propagação dessa prática. Por fim, para se concretizar o Estado de bem-estar social, é indispensável que o Governo Federal, por meio do poder tripartite, crie e execute as leis de combate a violência virtual, que persiste intrinsecamente ligada à sociedade hodierna.