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Enviada em: 26/10/2017

A intransigência com o diferente é característica de muitos seres humanos. No filme "300", por exemplo, é retratado a batalha de Termópilas entre persas e espartanos ainda na Antiguidade. No século XXI, entretanto, as redes sociais têm se tornado campo de violência, e a intolerância e o discurso de ódio prejudicam a sociedade.       Essa situação acontece porque a internet é um meio controlado, e algumas pessoas não buscam ampliar horizontes, mas a usam para impor sua opinião e julgar as contrárias. Isso pode ser analisado pela perspectiva do sociólogo polonês Bauman. Ele defendeu que as redes sociais são uma zona de conforto para o povo, pois visualizam apenas seus próprios interesses, assim, diminuem sua capacidade de compreensão da opinião alheia. O preconceito, por esse motivo, é difundido e aumenta a desarmonia social.       Outro aspecto é a saúde das vítimas, já que os ataques virtuais, muitas vezes, causam desequilíbrios emocionais e doenças relacionadas. Prova disso é que 20% da população mundial sofre de depressão e o índice é crescente. Essa enfermidade é em grande parte causada pela desaprovação recebida online e atrapalha o desenvolvimento individual e comunitário.       Ademais, essa discriminação é maléfica para os próprios infratores, pois mostra que o indivíduo é inflexível, e no trabalho, por exemplo, ele retarda seu crescimento profissional. Tal fato pode ser relacionado com uma pesquisa da Universidade de Emory, a qual mostra que o convívio com culturas e personalidades diferentes aumenta a cognição do cérebro, por isso, pessoas que não aceitam as diferenças reduzem seu desenvolvimento intelectual.       Diante disso, fica claro que a intolerância e o discurso de ódio nas redes sociais prejudica a sociedade. Acredita-se, portanto, que a justiça brasileira deve tornar o processo de julgamento desse tipo de delito mais eficiente, através de contratação de mais funcionários e fiscalização de cumprimento de metas. Além disso, as escolas precisam ministrar aulas de ética, a fim de minimizar a falha educacional nos lares e formar cidadãos mais respeitosos com o próximo.