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Enviada em: 27/10/2017

Na Alemanha nazista, o ódio aos homoafetivos era justificado pela preservação dos costumes cristãos, assim como a perseguição aos judeus, por questões econômicas e raciais. Tais atitudes, após o fim da Segunda Guerra, foram gradualmente recriminadas pelos países e, desde então, reconhecidas pelo absurdo que exprimiam. Todavia, com a popularização das redes sociais, a intolerância e os crimes de ódio tendem a ser evidenciados por refletirem aspectos velados da sociedade contemporânea, incitados, agora, pelo anonimato.       Em um primeiro plano, a característica de intolerância e crimes de ódio revela uma repetição da mentalidade real nas redes sociais. Esse pensamento provém, sobretudo, de uma "cultura de Procusto". Isto é, no mito grego, Procusto submetia itinerantes à uma cama com as suas medidas. Em sequência, quem não coubesse exatamente no leito, era esticado ou cortado até que se encaixasse perfeitamente - ou seja, até que atingisse a mesma medida do próprio Procusto. De maneira análoga, observa-se que a intolerância nas redes sociais parte da parcela da sociedade que insiste em estabelecer as suas "camas de Procusto", utilizando, nesse contexto, os crimes de ódio como tortura ao diferente - sobretudo em uma transposição virtual anônima.       Paralelamente a isso, conforme o Artigo 5° da Carta Magna, todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. Partindo dessa premissa jurídica, então, torna-se injustificável e inconstitucional a intolerância e os crimes de ódio disseminados, ainda mais quando os culpados são desconhecidos. Portanto, tal questão precisa de solução real para uma resolver, consequentemente, os problemas nas redes sociais.       Ante o exposto, é possível inferir que a intolerância e os crimes de ódio nas redes sociais devem ser suprimidos, a partir da correção dessa característica no mundo real de maneira de choque. Para tanto, urge, ao Ministério da Educação, o fornecimento de cartilhas com tirinhas com o Artigo 5º, visando esclarecimento jurídico como forma de conscientização.