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Enviada em: 03/11/2017

Na Sociologia e na Literatura, o brasileiro foi por vezes tratado como cordial e hospitaleiro. Contudo, percebe-se nas redes sociais que isso não ocorre a democracia racial apregoada por Gilberto Freyre passa ao largo do que acontece diariamente nas comunidades virtuais do país. Nesse contexto, há fatores sociais, educacionais e governamentais que não podem ser neglicenciados que propagam a intolerância e o discurso de ódio nas redes sociais.    Em primeira análise, cabe pontuar que a ausência de criticidade do tecido social brasileiro acaba prorrogando a problemática. Segundo dados do projeto Comunica que Muda,cerca de 393.284 menções feitas no Facebook,Twitter e Instagram através de mensagens e textos sobre temas sensíveis, como racismo, posicionamento político e homofobia sendo 84% delas com abordagem negativa, de exposição do preconceito e da discriminação. Dessa forma, vê-se que a ausência de uma educação virtual para o tecido social  poderia reverter esses dados de impunidade.    Ademais, convém frisar que a morosidade da justiça em relação a penalizar os processos envolvidos nos discursos de ódio pela rede mundial de computadores viabiliza a prática. De acordo com o sociólogo Bordieu, a violação dos direitos humanos não consiste somente no embate físico, o desrespeito está sobretudo na perpetuação de preconceitos que atentam contra a dignidade da pessoa humana ou de um grupo social, corroborando para que a justiça brasileira cumpra a Constituição Brasileira de 1988 onde infere-se que todo cidadão é  igual perante a lei e tem direito à igualdade, sem distinção de qualquer natureza, priorizando a diminuição da prática de intolerâcia.     Portanto, medidas são necessárias para deslindar a problemática. É imprescindível que o Ministério da Educação estabeleça desde o ensino básico uma disciplina sobre informática e ética nas redes sociais para que os alunos saibam viver em rede. Além disso, é essencial que o Ministério da Justiça priorize e penalize os criminosos de propagarem preconceitos e ameças nas redes socais cumprindo assim a Constituição. Para mais, caberá o Ministério da Ciência Tecnologia Inovações e Comunicações  a utilização de aplicativos para investigar e monitorar os casos de intolerância como forma de sanar os ataques. Outrossim, deverá os meios midiáticos como jornais, televisão e a internet campanhas, debates e documentários apresentando os casos como forma de sensibilizar e evitar a problemática. Logo, poder-se-á afirmar que a pátria educadora oferece mecanismos exitosos para o combate a intolerância e o discurso de ódio nas redes sociais.