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Enviada em: 12/03/2018

Certamente a globalização trouxe diversos benefícios, principalmente, tecnológicos para a sociedade contemporânea. Dentre esses, foi à popularização e, também, à facilidade do acesso à internet em diversos dispositivos existentes na atualidade. Entretanto, os recursos disponíveis no âmbito tecnológico estão sendo usados, por uma maioria, para disseminar ódio ou até mesmo incitar à violência física e verbal contra grupos sociais. Esse problema ainda é recorrente não só por causa das divergências relacionadas as leis, como também a resistência social para mudar esse contexto.           Sabe-se que a justiça é a principal ferramenta para o funcionamento correto de uma sociedade igualitária e democrática. Porém, na internet, essa igualdade e democracia parecem ser utópicas. O que é visto é um ambiente hostil, segregacionista e, muitas vezes, desagradável para minorias. Com muitas denuncias e pouca justiça sendo feita, tornou-se muito comum ver o cidadão “de bem” como principal protagonista das atitudes preconceituosas e violentas não só vistas nas redes sociais, como também fora delas. Essas ações são voltadas contra todo tipo de minoria social, Segundo a ONG – Organização Não Governamental, Safernet. Isso é o retrato da fragilidade ou insuficiência de leis para resolver um problema que é antigo, mas a internet o ajudou a se difundir.            Além disso, a resistência de uma maioria para mudar esse quadro ainda é visível. Por mais que o Brasil seja um lugar pluralizado, o país vive em grande desarmonia social. As comunidades virtuais mostra que a maioria dos indivíduos não conseguem conviver com as diferenças dentro ou fora delas. No país onde a cada 25 horas uma pessoa LGBT é assassinada, mata mais negros que brancos, cresce o número de mulheres vítimas de homicídios, fica evidente que, com o passar do tempo, a sociedade continua retrógrada e intolerante. Apesar disso, o pior de tudo é ver que tem pessoas que compactuam com essa desarmonia e, também não aceitam a existência de diferenças entre elas.              Torna-se evidente, portanto, que qualquer tipo de intolerância ou discursos de ódio nas redes sociais é extremamente prejudicial para a boa convivência na coletividade, por isso medidas são necessárias para que haja efetividade na intervenção do impasse. Para isso, é importante que o Governo, em conjunto com o Ministério da Justiça, implemente uma lei específica e realize vistorias regulares às redes sociais, a fim de extinguir e fazer com que os crimes na internet sejam punidos com mais eficiência. Também, pelos meios midiáticos, exibir materiais de conscientização e informativos sobre as consequências do preconceito na sociedade, com o intuito de que o indivíduo entenda que exista uma pluralidade social. Com isso, as comunidades virtuais serão ferramentas mais de agradáveis de se utilizar.