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Enviada em: 24/03/2018

De um lado, o uso das redes sociais como ferramenta integradora, comunicativa e informativa. De outro, a proficuidade desse instrumento tecnológico com a finalidade de difundir ideais pautados no ódio e na intolerância. É este o paradoxo que vive as formas de utilização das redes sociais. A sensação de impunidade que rodeia o espaço digital garante aos seus usuários o pior lado da liberdade de expressão: a execração.  Em primeiro plano, a democratização dos meios de comunicação propiciaram formas de divulgação de ideologias intolerantes. Dessa forma, o anonimato e a falsa sensação de impunidade estimulam os usuários a compartilharem pensamentos racistas, misóginos, xenofóbicos, entre outras formas de discriminação contra as minorias, o que é inadmissível em um Estado democrático de direito que respeita os Direitos Humanos.  Além disso, a fácil disseminação desses conteúdos e a banalização do sofrimento alheio ampliam significativamente a atuação desses ideais  por meio de curtidas e compartilhamentos de postagens relacionadas ao Bullying Virtual, o que torna difícil o controle e o combate que deve ser feito na fonte de todo o problema. De acordo com a interpretação do ''Discurso do Método'' proposto por Descartes, o exercício da razão tem o poder de combater episódios de violência e intransigência que surgem a partir de preconceitos que querem se impor pela força. Diante disso, para combater efetivamente essa problemática é necessário o exercício da autocrítica.  Dado o exposto, é necessário portanto, a criação de mecanismos que consigam garantir os direitos dos usuários por meio de denúncias virtuais e uma profunda análise ou controle de qualidade daquilo que é exibido nas redes, sendo passível então, de exclusão do conteúdo apresentado e bloqueio total daquele perfil. Faz-se imprescindível também, a criação de órgãos públicos exclusivos para atender as denúncias relacionados a crimes virtuais e a execução da lei assegurado pelo Ministério da Justiça. O uso da mídia de massa ( TV e rádio ) na divulgação de campanhas socioeducativas com a finalidade de informar a população sobre o compartilhamento do discurso de ódio, também é algo necessário, prático e preciso no combate dessa mazela. Por fim, a utilização da razão e do bom senso baseados na ótica de Descartes pode catalisar a mudança de comportamento individual no mundo virtual e real.