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Enviada em: 12/04/2018

A Globalização ocorrida no século XX integrou o mundo por meio de ferramentas comunicativas, sobretudo por intermédio da internet. Todavia, as redes sociais oriundas do processo globalizado são usadas como instrumentos de ódio e  perpetuação da intolerância devido à sensação de impunidade e de seu caráter disseminativo instantâneo.   Nesse contexto, as mídias sociais sociais oferecem ferramentas  que induzem uma ideia errônea de impunidade. Isso porque, segundo o Portal Uol a disponibilidade do anonimato de algumas redes sociais proporcionam segurança para postagens de ideologias etnocêntricas, por exemplo, o Saraah, que foi utilizado como arma para comentários racistas e homofóbicos. Além disso, a possibilidade de criar perfis falsos corrobora para a ideia de que o crime não seja penalizado, porém, sabe-se que existem mecanismos que identificam o autor da postagem.    Ademais, a dimensão pública das redes sociais incentivam o discurso de ódio, visto que por meio de curtidas, compartilhamentos e comentários nas publicações, o pensamento perpetua-se para diferentes populações. Por conseguinte, conforme o ideário de Bourdieu, de que a sociedade tende a incorporar pensamentos sociais de sua época, conclui-se que é naturalizado e reproduzido o discurso de ódio no meio virtual.   Torna-se imprescindível, portanto, o combate ao discurso de ódio e o preconceito vigente nas redes sociais. Sob essa ótica, o Marco Civil da internet deve promover maior atendimento às vítimas por meio de profissionais especializados em identificar e rastrear perfis falsos para que a Justiça penalize rapidamente o crime. Além disso, é mister que a mídia promova publicidade que enfoquem o uso responsável das redes sociais, para que assim a Globalização seja lembrada apenas como impulsionador de aproximação social.