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Enviada em: 28/10/2018

( O tema dessa redação é com ênfase no vício em jogos eletrônicos)                                                 Empecihos da inovação digital   De acordo com o inventor e empresário Steve Jobs, "a tecnologia move o mundo". A partir dessa assertiva, fica evidente que a internet trouxe avanços em diversas áreas do convívio social, destacando-se a esfera da comunicação globalizada. No entanto, na conjuntura atual do país, tal inovação ganhou conotações negativas, principalmente pelos casos de vício em jogos  ou intensa dependência física das redes sociais. Nesse viés, os novos hábitos culturais, bem como a inobservância familiar, contribuem para a perenização do problema abordado.       Deve-se pontuar, de início, que a Revolução Tecno-Científica, ocorrida no final do século XX, e a consequente popularização da internet, complexificaram as relações sociais, marcadas por uma exposição excessiva a informações e experiências. Assim, conforme menciona o sociólogo Georg Simmel, os indivíduos passaram a adotar uma postura de reserva, conceituada como "blasé", a fim de se protegerem dos estímulos exteriores. Nesse sentido, os jogos eletrônicos surgem como uma espécie de fuga ao estresse cotidiano. Contudo, sabe-se que esse hábito, quando não controlado, pode vir a ser um vício impercebido, que aumenta gradativamente à medida que o usuário se submete à prática. Dados veiculados no jornal "El País" corroboram a ideia exposta, uma vez que  9% das pessoas que jogam são consideradas viciadas nesses eletrônicos.          Adicionalmente, denota-se que a falta de interação familiar ratifica a dependência do jovem. Segundo o cineasta Jaak Bosmans, " a globalização encurtou as distâncias métricas, aumentando muito mais as distâncias afetivas". Nesse sentido, a ausência de participação da mãe ou do pai nos interesses pessoais do filho, pode estimular os jovens a afastar-se da sociedade. Assim, essas pessoas subjugam-se às distrações materiais para satisfazer a necessidade humana de afetividade social.           Portanto, fica claro que a dependência excessiva aos jogos eletrônicos precisa ser combatida. Primordialmente, cabe ao Governo Federal, em parceria com as mídias televisivas e digitais, veicular uma campanha de incentivo à interação social, por meio da veiculação de imagens, fotos e vídeos em horário nobre de emissoras famosas, ratificando a importância do controle ao acesso virtual demasiado. Ademais, cabe aos próprios pais fiscalizar os filhos e dar atenção às suas necessidades de convívio familiar, com o planejamento de viagens e encontros parentais, a fim de desfazer, nos jovens, a necessidade do acesso descontrolado a jogos e redes virtuais. Desse modo, tende-se a amenizar os empecilhos do vício tecnológico.