Materiais:
Enviada em: 24/10/2018

“O espírito humano precisa prevalecer sobre a tecnologia”, a frase de Albert Einstein, físico teórico alemão, demonstra a importância da humanidade frente à tecnologia. Nessa lógica, os jogos eletrônicos têm obtido relevância nas discussões de saúde pública no mundo, uma vez que podem causar danos aos indivíduos. Logo, a fim de compreender o problema e alcançar melhorias, é válido analisar as causas e as consequências do excesso de jogos eletrônicos na população.   Em primeiro lugar, vale ressaltar que o vício em vídeo games representa um entrave para o desenvolvimento de uma sociedade mais saudável. Nesse sentido, a Organização Mundial da Saúde descreve a dependência em games como "A necessidade de jogar que prevalece frente a outros interesses vitais'' da pessoa acometida. Isso pode ocorrer, mediante fatores psicológicos e sociais, visto que a baixa autoestima, a dificuldade de autocontrole e o bullying influenciam na opção do indivíduo de distânciar-se do mundo real e interagir apenas no universo virtual dos jogos. Dessa forma, de acordo com Paracelso, médico e físico do século XVI, ''A diferença entre o remédio e o veneno é a dose'', percebe-se que o exagero do tempo gasto em jogos eletrônicos ocasiona prejuízos à saúde do cidadão.    Ainda nessa questão, é fundamental pontuar que as consequências originadas pelo excesso de vídeo game afetam diversas áreas do ser humano. Tal fato acontece, devido a priorização do jogo em detrimento de outras funções básicas do cotidiano, como higiene pessoal, alimentação e estudo. Assim, problemas físicos e psicológicos, como tendinite, ansiedade, irritabilidade e memória são resultados frequentes nesse cenário de vício. Para ilustrar, uma pesquisa realizada pela Unity Sleep Medicine & Research Center, aponta que o excesso de jogos eletrônicos em crianças de 10 a 14 anos pode comprometer as funções cognitivas do jovem. Desse modo, a partir da frase de Marquês de Maricá, filósofo e político brasileiro, ''Não há escravidão pior que a dos vícios'', percebe-se que inúmeros indivíduos encontram-se aprisionados em seus vícios.     Nesse aspecto, ao Ministério da Saúde (MS), cabe, mediante a elaboração de palestras públicas e nas escolas com profissionais da área da saúde, como psicólogos e psiquiatras, esclarecer à sociedade e aos jovens os sintomas do vício em jogos eletrônicos, além de mostrar os lados negativos do exagero de vídeo game no processo de aprendizagem. Ademais, o MS deve, fornecer tratamentos adequados aos juvenis dependentes de jogos eletrônicos, com propósito de formar indivíduos mais conscientes com essas questão e diminuir a incidência de vícios na nação. Por fim, é dever da família em parceria com as escolas, através de uma análise comportamental, averiguar os rendimentos dos alunos e estipular limites diários para o jogo de vídeo game, a fim de diminuir os perigos do excesso de games.