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Enviada em: 16/05/2019

Sob a perspectiva da globalização, os meios tecnológicos foram criados para encurtar distâncias e também promover a diversão — como exemplo: os jogos eletrônicos —. Conquanto, existe uma deplorável realidade no Brasil, uma vez que esses jogos não são sempre utilizados como forma de entretenimento e provocam efeitos negativos no comportamento dos jovens. Nesse sentido, faz-se necessária a análise das principais causas e consequências para reverter a problemática no país.    A princípio, a Constituição Cidadã de 1988, assim designada pelo presidente da Assembleia Constituinte, Ulysses Guimarães, estabelece que é dever do Estado garantir os princípios da dignidade da pessoa humana em todos os âmbitos. Entretanto, é notória à negligência estatal frente à educação dos jovens, uma vez que não capacita profissionais, como psicólogos, para ministrarem palestras nas instituições de ensino público e privado sobre as consequências que podem ser causas por jogos eletrônicos violentos, como GTA e Counter Strike — o que pode provocar comportamentos agressivos e pensamentos conturbados nos indivíduos — para pais e alunos. Desse modo, é inaceitável que os jovens permaneçam vulneráveis ao problema devido ao seu baixo poder de discernimento sobre o que os jogos supracitados podem causar, visto que configuram não apenas um irrespeito colossal por parte do Estado, como também uma desvalorização descomunal.       Ademais, de acordo com o socialista francês Émile Durkheim, as instituições sociais, como a família, tem grande poder coercitivo no agir e pensar do indivíduo. Dessa forma, relacionando o pensamento do sociólogo aos efeitos provocados pela ausência da família na vida dos jovens que jogam jogos eletrônicos, torna-se indiscutível que a falta de diálogo e de estabelecer limites em relação ao tempo dos filhos ficarem em computadores e videogames é uma das principais causas do problema, tendo em vista que isso faz com que o jovem permaneça nos jogos eletrônicos quanto tempo julgar necessário. Assim, como consequência, o jovem torna-se socialmente isolado, preferindo passar mais tempo no mundo virtual que com familiares e amigos, podendo desencadear efeitos gravíssimos, como depressão e ansiedade, o que é lastimável.         Infere-se, portanto, que os efeitos negativos provocados pelos jogos eletrônicos aos jovens possui íntima relação com aspectos educacionais e econômicos. Desse modo, torna-se necessário que o Estado, em consonância com o MEC (Ministério da Educação), por meio de palestras educacionais ministradas por profissionais, como psicólogos, em escolas e faculdades públicas e privadas acerca das consequências provocadas por jogos eletrônicos na vida dos usuários, sejam feitas para pais e alunos,  com o fito de que os jovens utilizem esses jogos para lazer e entretenimento e, além disso, visando que os pais possam estar mais presentes na vida dos filhos. Assim, observa-se-ia uma harmonização social, tendo em vista que  os jovens permaneceriam mais tempo no mundo real que no virtual.