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Enviada em: 23/06/2019

No Brasil contemporâneo, a incitação de violência em jogos eletrônicos ainda é analisada como um problema comportamental entre os jovens. Isso se deve, sobretudo, à fuga dos problemas sociais e à compulsividade do indivíduo. Desse modo, é urgente a reversibilidade do cenário em questão.       A priori, os jogos virtuais são usados como uma forma de evasão dos problemas sociais e pessoais. Isso porque, segundo o filósofo alemão Walter Benjamin, o ambiente virtual se tornou mais atrativo após a Segunda Guerra Mundial devido ao aumento do mal estar provocado nas pessoas que viam o universo eletrônico como uma saída para esses problemas, e isso reflete nos jovens de hoje que veem os jogos como fuga de suas limitações. Um exemplo é o caso de bullyng sofrido por Weligton no Rio de Janeiro, que matou onze pessoas no atentado na escola de Realeng em 2013. Diante do problema sofrido, o adolescente se refugiou nos jogos como uma forma de evasão do transtorno e decidiu levá-lo a algo maior. Dessa forma, é necessário medidas para diminuir esse empecilho.       Em segunda instância, a compulsividade do indivíduo pode aumentar com os jogos. Isso se deve porque, segundo o sociólogo francês Pierre Lévy: "O virtual potencializa o real", ou seja, os jogos eletrônicos estimulam o indivíduo compulsivo a cometer atos sem pensar na sociedade. Prova disso foi o atentado na escola em Suzano, São Paulo, neste ano, em que dois jovens atiraram contra a vida de dezenas de adolescentes. Baseados em jogos virtuais, os garotos decidiram "brincar" com a vida dessas pessoas. Portanto, medidas para diminuir o problema de compulsividade dos jovens são indispensáveis.        Diante desse contexto, ações que visam diminuir os problemas expostos são fundamentais. Cabe ao Ministério da Saúde criar eventos, através de projetos comunitários, que visam analisar a saúde e o comportamento dos jovens para que os problemas em questão possam ser tratados com antecedência. Cabe também aos pais observar os jogos que o adolescente usa, através de um monitoramento específico que ajuda o jovem a não aumentar sua compulsividade para que problemas maiores não aconteçam.