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Enviada em: 01/07/2019

Em face das transformações na contemporaneidade, estimuladas pelas constantes inovações tecnológicas, a sociedade experimenta novos fenômenos sociais que podem impactar de forma positiva ou negativa nas relações entre o ser humano e o mundo que o cerca. A partir dos anos 70, os jogos eletrônicos popularizaram-se e ganharam força até os dias atuais, sem indícios de declínio no cenário vigente. Muito pelo contrário, os jogos digitais vieram para ficar e, diante desse aspecto, convém avaliar seus efeitos sobre os jovens na atualidade.            Na obra cinematográfica "HER", um homem recluso em seu apartamento, após uma decepção amorosa, se apaixona por um sistema operacional, o que torna-o extremamente dependente do "software". Paralelamente, levando-se em conta o cenário crescente de consumo de "games", conforme levantamento do jornal "O Globo", no qual oitenta por cento dos adolescentes americanos jogam videogame, deve-se entender que o preparo das famílias para receber essa tecnologia é essencial. Como o protagonista de "Her", muitos adolescentes que não possuem uma segurança familiar e psicológica acabam utilizando os jogos digitais como fuga da realidade, algo que fomenta vícios e suas consequências, como o isolamento social e problemas de saúde, causados pelos longos períodos em frente a uma tela, sem a prática exercícios físicos.             Por outro lado, se utilizados na medida correta, os videogames podem ser muito positivos para o desenvolvimento cognitivo: Conforme o programa Bem Estar, da Rede Globo, "Videogame pode melhorar atenção, aprendizado e coordenação motora". O programa informa que, atualmente, existem meios de exercitar o corpo inteiro, através da "Realidade Virtual" e de jogos que utilizem sensores de movimento. Esses recursos compõem meios para realizar atividades físicas, bem como a reabilitação motora de pacientes em clínicas fisioterapêuticas. Se empregados de forma habitual, porém comedida, os jogos eletrônicos são inovadoras maneiras para a promoção de saúde e disposição não apenas de jovens, mas de pessoas de todas as idades.             Portanto, providências são necessárias para promover o uso equilibrado de videogames por parte dos jovens. O Governo Federal poderá investir em políticas públicas que auxiliem as famílias, como o atendimento psicológico à comunidade, para que pais e responsáveis consigam lidar com os novos fenômenos tecnológicos e como estes influenciam a vida de seus filhos. Cabe, ainda, ao Ministério da Educação, organizar palestras com a finalidade de informar os alunos e seus responsáveis sobre o uso das tecnologias de entretenimento com sabedoria, sem abandonar práticas saudáveis e a convivência social em detrimento dos jogos digitais.