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Enviada em: 25/07/2019

No contexto social brasileiro, segundo o Ministério da Cultura, a indústria de games cresce cerca de 30% ao ano. Esse dado colossal evidencia o aumento de pessoas, sobretudo de jovens, utilizando essa ferramenta tecnológica, muitas vezes de maneira desregrada. Sob esse viés, tal circunstância corrobora efeitos vis, tendo em vista que influencia no comportamento do público e oportuniza problemas de saúde no indivíduo. Logo, urgem ações engajadas dos agentes adequados com o escopo de minimizar essas nocivas implicações na comunidade.       Inicialmente, ressaltam-se que os games influenciam no comportamento do indivíduo na medida em que, mesmo que não sejam orientados para faixa etária jovem, são populares temas que abordem a violência, a exemplo de "Call of duty" e de "Counter Strike". Nesse sentido, consoante a pós-doutora em Jogos eletrônicos e aprendizagem Lynn Alves, os games atuam como meio de descarregar as angustias cotidianas, ou seja,  o indivíduo assimila atitudes agressivas do mundo virtual como solução dos dilemas diários em detrimento da interação com o mundo real. Por conseguinte, esse escapismo possibilita a timidez, a introspecção e a agressividade dos jogadores, o que intensifica o isolamento social desse segmento populacional.       Outrossim, é válido pontuar que o uso contínuo e exagerado de jogos eletrônicos favorecem problemas de saúde, tanto físicos quanto psicológicos. Exemplo disso, a Organização Mundial de Saúde classificou recentemente o vício de games como um distúrbio, o que exige a oferta de tratamento pelo setor público e reflete a gravidade dessa prática desmedida. Ainda, observa-se que comumente os games necessitam de movimentos rápidos e frequentes dos dedos nos chamados "joysticks" e demandam a imobilidade do restante do corpo. Essa condição resulta não só no sedentarismo do usuário, mas também a síndrome da Lesão por esforço repetitivo.       Destarte, é essencial que medidas sejam adotadas para atenuar os efeitos dos jogos eletrônicos na sociedade. Para tanto, é impreterível que a família, mediante diálogos e acompanhamento periódico dos jovens, limitem a utilização dos games violentos e estimulem a interação social em detrimento da introspecção, a fim de evitar a formação de comportamentos agressivos e de uma bolha social, reduzindo, assim, as implicações dessas tecnologias na vida do usuário. Concomitantemente, é imprescindível que o Ministério da Saúde, por meio das redes sociais, crie campanhas direcionadas aos gamers abordando os malefícios do uso desmedido dos jogos eletrônicos para a saúde, com o fito de minimizar os problemas físicos e psicológicos decorrentes dessa prática.