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Enviada em: 22/01/2019

Não restam dúvidas que a violência é incompatível com uma infância saudável, visto que ainda é utilizada como uma forma comum de educar os filhos. Nesse caráter imediatista, criou-se a Lei da Palmada, que apesar de haver uma legislação sobre o assunto, ainda falta uma definição clara do que está dentro e fora da lei, e que traz à tona, até que ponto é necessário a intervenção do governo na criação dos filhos?    A justificativa para a proposta de atualização do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é que a medida possa diminuir os casos de violência contra menores, que muitas vezes acontecem dentro das casas dos pequenos, tendo os pais como responsáveis por abusos. Segundo o manual "Pelo fim dos castigos físicos e humilhantes", produzido pela ONG Promundo diversas pesquisas, além da experiência prática, mostram que os castigos físicos e humilhantes podem comprometer a autoestima da criança, tornando-a vítima e como consequência, as crianças aprendem a resolver os conflitos com a violência.   Em contrapartida, existe uma linha tênue entre violência e as "palmadas educativas", que são usadas como um último recurso como medida necessária para controlar a criança no presente, evitando assim, um pequeno desvio de comportamento no futuro. Além disso, quanto mais palmada se dá, menos eficaz ela se torna, e opções como o castigo, a conversa séria, o "tirar brinquedos" também funcionam em diferentes contextos. Outrossim, famílias com baixas condições financeiras, não só possuem um número maior de filhos, como também não possuem recursos - financeiros e educacionais -  o suficiente para facilitar na criação dos filhos.     Assim, de modo exposto, o ECA deveria com o auxilio da ONG, trabalhar com mais com ações efetivas na proteção da criança e do adolescente no Brasil, em vez de criar mais leis, visto que o caso do menino Bernardo - menino assassinado brutalmente pela família - esse menino foi a procura de ajuda diversas vezes e o órgão não prestou seu devido trabalho. Como também, o setor midiático deve trabalhar na divulgação sobre a violência dentro de casa, não somente a física como a psicológica, informando a quem contatar nesses casos e quais medidas tomar.