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Enviada em: 29/04/2019

No contexto atual, a violência infantil já vem sendo muito debatida, no qual a repercussão aumentou depois do assassinato de Bernardo Boldrini, vítima dos próprios responsáveis, onde todas as agressões resultaram na morte do menino. Em função disso em 2014 foi criada a Lei da Palmada, que proíbe o uso de castigos físicos e tratamentos cruéis contra crianças e adolescentes. Entretanto, essa lei ainda causa muita polêmica e divide opiniões.       Nos dias de hoje, é possível perceber o ponto de vista da população com diferentes posições. A mentalidade dos pais vem de raízes antigas, desde a época do Brasil Colonial com a escravidão africana, em que o uso da violência física fazia parte daquela época. Todavia os tempos mudaram, e ainda a problemática persiste, pais afirmam que a prática da agressão física em determinados casos é uma boa solução. Em uma entrevista para revista IstoÉ Flávia Passos afirma que “Minha avó apanhou, minha mãe apanhou, eu e minhas irmãs apanhamos e somos, hoje, todas muito bem resolvidas. Pai e mãe querem sempre o melhor para o filho, mas há momentos em que o castigo não resolve e a palmada, sim”.      Partindo de outro princípio, pesquisadores afirmam, jovens que sofrem agressões tendem a desenvolver comportamentos violentos ou até problemas psicológicos. Em função disso, uma parte da população defende que existe outras maneiras de castigar um filho. Em outra pesquisa, feita pelo G1, Terezinha Gregório Moreira afirma sobre sua filha “Eu nunca bati nela. Eu só deixava ela de castigo. Prefiro uma conversa, chamar a criança e explicar direitinho. Eles vão entender”.               Por fim, cabe ressaltar que a lei já existe em outros países, como Suécia, Finlândia, Noruega. Os países desenvolvidos que adotaram essa lei como forma de melhorar a violência vem mostrando resultados positivos.       Em virtude dos fatos mencionados, ainda é preciso conscientizar a população sobre essa lei e os benefícios que ela pode causar na vida de uma criança. Em relação a isso, todas as escolas devem possuir um atendimento psicológico para crianças que sofrem agressões domésticas, acompanhando suas frustrações e trazendo soluções para seus problemas. Em contrapartida, o Conselho tutelar, juntamente com o Estatuto da Criança e Adolescente devem montar palestrar em locais públicos e escolas, onde poderão orientar sobre as medidas eficazes de castigos para os filhos, sem o uso da violência física.