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Enviada em: 14/06/2017

No século vigente, as crianças e adolescentes recebem uma educação que se difere das gerações passadas em diversos aspectos: o acesso ao conhecimento foi facilitado, os pais encontram-se mais distantes da vida dos filhos devido às jornadas de trabalho e a inserção da mulher no mercado fez com que as taxas de fertilidade diminuíssem significativamente, fator que resultou em um aumento de filhos únicos. Dessa forma, métodos conservadores utilizados na educação dos cidadãos, como a agressão aplicada na forma de medida corretiva são considerados retrógrados e ineficientes, uma vez que é entendido pela criança que a violência é uma resposta imediata a uma atitude errada.       À vista disso, essa ineficácia pode ser evidenciada pelo futuro comportamento dos agredidos na adolescência. A tendência à omissão de fatos e problemas pode ser agravada, haja vista que o jovem não possuirá confiança nos pais. Ademais, a repreensão já prevista pelo indivíduo, juntamente com a possível punição, são fatores desestimulantes, cuja consequência notabiliza-se na formação de crianças indefesas e inseguras.        Nesse contexto, os impactos na vida da vítima que sofre agressões frequentemente são todos negativos: aumento da agressividade, comportamento antissocial, desempenho escolar prejudicado, relações entre familiares afetadas, bem como danos físicos diretos, como fraturas e até mesmo o óbito. A propensão ao desenvolvimento da depressão está também relacionada à obesidade ou à baixa autoestima, e, por conseguinte, a qualidade de vida do indivíduo é prejudicada nos âmbitos social e físico.        Portanto, conclui-se que a agressão física às crianças é uma atitude que não se ajusta na sociedade contemporânea. A fim de amenizar os casos já existentes, o Conselho Tutelar deve atuar de maneira contundente nas escolas das redes públicas e particulares, com o fornecimento de visitas regulares à psicólogos e assistentes sociais. A Legislação brasileira deve reforçar a fiscalização dos pais e responsáveis, aplicando também penas como a prestação de serviços comunitários. Ademais, é preciso que a mídia, nos principais meios de comunicação como a TV e a internet, atente-se à conscientização dos adultos, por meio de novelas, filmes ou matérias que retratam o diálogo entre pais e filhos como principal meio educador.