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Enviada em: 10/08/2017

Aprovada em 2014, a Lei da Palmada ainda causa muita polêmica e divide opiniões. Há quem considere a lei invasiva e prejudicial ao âmbito familiar. Por outro lado, os que a encaram como uma superação de costumes arcaicos. Embora ainda seja culturalmente aceita, a palmada está longe de ser o melhor caminho de educar crianças, tendo em vista os problemas comportamentais que esse tipo de punição tende a gerar.    Marcada pela tragédia do menino Bernardo Boldrine, a lei da Palmada ou "lei do menino Bernardo" ganhou diversas interpretações. Entre elas está a visão educativa dessa medida. Isso porque o Estatuto da Criança e do Adolescente (E.C.A) já previu em 1990 a punição em casos de violência contra menores. Dessa forma, é possível adotar a medida de 2014 como um incentivo a discussão sobre limites dentro do que se entende por educação familiar.     Entre as soluções adotas pela lei em casos de denúncias, estão o acompanhamento psicológico e auxílio aos responsáveis na educação de seus filhos, sempre com foco no diálogo. Além disso, surge o convite à inovação de conceitos e a reflexão sobre os métodos usados na formação dessas crianças, que por si só, já é um grande avanço.     Dessa forma, é possível reconhecer a importância dessa lei que segue de acordo com os pensamentos de Jean-Paul Sertre, considerando a violência sempre uma derrota. Junto a ela, são necessárias medidas preventivas. É indispensável que o apoio de profissionais esteja disponível, assim como reuniões familiares e palestras, principalmente em escolas, visando discutir e reforçar  idéias que preparem a sociedade para um futuro mais humano, o que gradativamente trará o melhor resultado a todos.