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Enviada em: 21/10/2017

A lei da palmada jamais foi aplicada com eficiência, e isso só poderia ser feito se o estado passasse a monitorar a vida privada da população. Se por um lado, a famosa palmada, já ajudou a educar diversas crianças; por outro, a mesma pouco interferiu para o bem estar das crianças contra pais realmente violentos. A liberdade para educar deve ser garantida, mas o abuso deve ser combatido.       A interferência do estado na vida da população, com leis que na prática pouco são aplicadas, acaba apenas prejudicando a educação dada por bons pais. De forma irresponsável, tal lei parece colocar em um mesmo patamar, casos de violência gratuita, com um ato educativo que perdurou durante séculos. Jamais foi provado que a palmada, quando usada de forma medida e controlada, esteve relacionada à formação de pessoa traumatizadas e violentas; em contraste, são comuns pais de gerações mais atuais gratos por terem levado "umas belas de umas palmadas" mas que preferem não utilizar desse mesmo meio. Tal conjuntura demonstra que a mudança é cultural e não devido a ação do estado.         Através de uma associação completamente descabível, a lei da palmada surgiu a partir do assassinato de um menino no Rio Grande do Sul em 2014. Segundo pesquisas, mesmo com a adoção de tal lei, a quantidade de crianças agredidas e mortas por familiares aumentou significativamente nos últimos 2 anos. Esse fato se deu porque pais violentos não deixaram de agredir seus filhos, provando que o estado não possui poder algum para controlar esse tipo de crime.      Infere-se, portanto, que a associação do nome "palmada" como ato criminoso deve ser desfeita pois tal relação pode inibir até mesmo atos educativos menos invasivos, como levantar a voz. Crianças que se sentirem agredidas e pessoas, vizinhos e familiares que se sentirem incomodados possuem o dever moral de realizar denuncias, nestes casos o poder público, juntamente com a policia militar, deve atuar de forma efetiva para que não ocorra impunidade. A escola também poderá ajudar estando atenta ao comportamento dos alunos e realizando conversas periódicas com pais. Somente assim as famílias terão liberdade para educar seus filhos.