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Enviada em: 29/04/2018

"Espelho, espelho meu, existe alguém mais bela do que eu?". A famosa frase contida na história infantil "Branca de neve" mostra que o ideal de aparência influi sobre o comportamento dos indivíduos desde a infância. Dessa maneira, o culto a imagem na sociedade contemporânea é intensificado pela imposição de padrões e pela busca da forma perfeita a qualquer custo.   Nesse contexto, é necessário analisar que a busca por um modelo de aparência julgado perfeito pode interferir no modo como a sociedade relaciona estética e saúde. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, as operações puramente estéticas aumentaram 8% de 2014 a 2017 no país. Relacionado a isso, é possível observar que a busca desenfreada por um arquétipo leva, muitas vezes, a uma anulação da importância da saúde em detrimento da forma física “perfeita”.   Além disso, o modelo de beleza atual é transmitido e estipulado pela indústria cultural. Segundo o sociólogo Theodor Adorno, os indivíduos são homogeneizados de acordo com uma cultura vigente em busca do aumento do lucro. Logo, a padronização do considerado belo afeta o comportamento e a necessidade de inserção das pessoas em um meio social, que se frustrada, pode levar a doenças como a ansiedade e depressão.   Infere-se, portanto, que a idolatria à imagem na atualidade é fortalecida por modelos determinados na estrutura social. Por conseguinte, faz-se imprescindível a atuação da própria estrutura midiática, internet e televisão, por meio de propagandas, no estímulo à importância da autoestima e no empoderamento da diversidade com o objetivo de formar pessoas conscientes sobre os diferentes tipos de formas e aparências existentes. Ademais, O Ministério da Educação pode mobilizar as escolas para que elas provoquem debates acerca dos padrões impostos e como isso afeta os jovens, através da criação de grupos estudantis, a afim de acolher as diferenças e diminuir a segregação entre alunos baseada na aparência.