Enviada em: 01/06/2018

A partir da globalização foi intensificada a necessidade de padronizar os hábitos culturais para facilitar o intercâmbio de produtos e o consequente aumento de lucro para as indústrias. Nesse contexto, o culto à forma física no século XXI se expressa como um meio de opressão do sistema capitalista à população.  A priori, os indivíduos são manipulados a seguir o padrão estético estabelecido pela sociedade de consumo. Segundo Adorno, filósofo da escola de Frankfurt, os receptores dos meios de comunicação são vítimas da indústria. Nesse sentido, a mídia atua, por meio de novelas e propagandas, na indução da busca exagerada pela beleza, sobre a perspectiva de promoção da felicidade e integração social, para sustentar o lucro das empresas de produtos estéticos. Dessa forma, o excesso de culto à fisionomia é resultado da alienação da população diante a imposição de uma cultura propícia ao consumismo.   Em consequência disso, na busca pela aparência perfeita e inalcançável, visto que  o corpo humano não tem estrutura para se igualar ao da Bárbie, o abuso das cirurgias plásticas acarretam, muitas vezes, em infecções que levam até ao óbito. Além disso, as tentativas frustradas de atingir essa idealização causam desequilíbrios psicológicos pela sensação de inferioridade,que, por sua vez, alimenta o consumo como meio de supri-la. Dessa maneira, a forma com a qual o sistema capitalista produz a insatisfação com a  estética se torna prejudicial para a saúde.   Logo, a obsessão pelo corpo julgado como ideal pela mídia oprime a liberdade de escolha da população e afeita sua qualidade de vida. É necessário, portanto, que o Judiciário, com a fiscalização do PROCON, insira multas nos veículos de comunicação que usarem de propagandas enganosas para manipular a busca pela estética "ideal". Ademais, o Ministério da Saúde deve promover palestras em escolas, praças e hospitais para levar informações sobre atitudes saudáveis e prejudiciais para o organismo, a fim de deter a manipulação sobre o culto ao físico.