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Enviada em: 04/08/2018

No início do século XX, vivenciou-se o surgimento das Vanguardas Europeias, movimentos artísticos que foram adaptados ao contexto nacional. O expressionismo foi uma das vertentes que, por meio de imagens retorcidas e caricaturas, desconstruiu o conceito de beleza seguido na época. Todavia, nota-se, atualmente, a persistência da sociedade em propagar um projeto de corpo ideal, e devido a isso, os indivíduos têm se submetido a vários procedimentos para alcançá-lo, de forma insegura e inconsequente.    É inegável a participação da mídia no processo de imposição de um padrão de beleza sobre a sociedade, visto que muitos comerciais, propagandas e afins utilizam modelos magras e de boa aparência para a realização da publicidade. Diante desse cenário, as pessoas que não se inserem no perfil, submetem-se a procedimentos cirúrgicos, os quais podem acarretar complicações posteriores, como aconteceu com a Amanda. Em 2017, no Rio de Janeiro, a jovem submeteu-se a uma cirurgia bariátrica, pois estava com vergonha de si e de conviver em sociedade por causa do seu peso excessivo. Após uma embolia pulmonar, ela morreu no hospital.    Cabe ressaltar também os problemas psíquicos gerados devido à não aceitação do corpo por parte do ser e das pessoas ao seu redor. Primeiramente, deve-se destacar a prática do bullying nas escolas; muitas crianças são vítimas de intimidação e deboche por parte dos coleguinhas de sala em decorrência de algum aspecto da aparência física, seja o cabelo ou o sobrepeso. Além de se sentirem inferiores, essas crianças também são excluídas do vínculo social, o que as tornam propensas à depressão. Quando se trata dos jovens, são significativas as situações em que eles se tornam anoréxicos e submissos a um distúrbio alimentar.     Diante dos dados analisados, é perceptível que a imposição de um padrão de beleza promove sérios riscos à população. Assim, a mídia deve mudar o padrão e produzir propagandas que utilizem mulheres do cotidiano, com suas diversas formas, a fim de minimizar os efeitos da exclusão e baixa autoestima. Além disso, os programas de entretenimento, como as novelas, poderiam criar histórias ficcionais que retratem o tema a fim de causar reflexão na população acerca da gravidade do problema.