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Enviada em: 12/07/2017

Em meio ao ambiente Capitalista, surgiu em 1914 o Fordismo. Modelo econômico de produção em massa, com altos níveis de padronização e massificação. Contextualizando esse sistema aos dias atuais do século XXI, é notória sua semelhança com a ideologia de um corpo físico perfeito, isto é, um padrão, estimulado pela mídia. Portanto, aumenta o número de pessoas que recorrem às academias, cirurgias plásticas e procedimentos estéticos em busca desse ideal. Surge, então, um desafio à sociedade brasileira: evitar os prejuízos de práticas nocivas à saúde.             A mídia, grande difusora de opinião e conhecimento, é uma das maiores propulsoras do culto à estética corporal. Desse modo, ao revelar o corpo definido como uma tendência, esse meio de divulgação acaba por estimular a busca incansável pela perfeição. Todavia, essa prática, muitas vezes, traz danos à saúde. A população, manipulada por essa obsessão, perde o senso crítico e se submete a procedimentos sem consultar as suas consequências. Logo, ocorre a padronização dos corpos dos indivíduos na sociedade assim como nos bens de consumo no modelo Fordista.           Neste contexto, exemplifica-se tal prática com o caso da modelo brasileira Andressa Urach. Internada na UTI de um hospital após a aplicação irresponsável de hidrogel, nota-se o preço da imprudência para conquistar a “beleza”. Infelizmente, esse não é um caso isolado. Diariamente, jovens e adultos se submetem a dietas radicais que podem gerar distúrbios alimentares e problemas na digestão. Soma-se a isso, o uso de anabolizantes que é recorrente, provocando desequilíbrios hormonais e até mesmo problemas cardíacos. Faz-se presente também o excessivo número de cirurgias plásticas, por vezes desnecessárias, que colocam a saúde do paciente em risco.  Percebe-se, então, a perda da distinção de indivíduos através da linguagem corporal, como parafraseou o filósofo Pierre Bordieu.            Destarte, medidas para haja um equilíbrio entre estética e saúde são imperativas. Para solucionar o desafio supracitado, é necessário que o Estado regulamente as propagandas exibidas pela mídia, através da criação de leis que ponderem o conteúdo da mesma, de modo que impeça que o indivíduo seja manipulado. Após isso, torna-se fundamental que o mesmo, por meio de investimentos dos impostos arrecadados pela Receita Federal, crie um órgão que fiscalize o cumprimento da lei imposta. Ainda, é papel do Poder Público disponibilizar maior apoio, tal como consultas, pelo Sistema Único de Saúde para evitar que procedimentos estéticos de risco sejam realizados. Com tais medidas propostas, caberá às escolas desenvolver atividades lúdicas sobre o tema, a fim de conscientizar os alunos sobre a importância da individualidade e das diferenças físicas.