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Enviada em: 24/07/2017

Com a eclosão da Revolução Industrial e o avanço do capitalismo, a necessidade de produzir cada vez mais e melhor foi se disseminando e, atrelado a isso, a venda não apenas de produtos, mas de ideias, se intensificou. O culto à beleza e à forma física do corpo é algo que vem sendo difundido constantemente pela mídia, causando o desespero de muitas pessoas na tentativa de conquistar o "padrão ideal".   Nesse cenário, observa-se que a busca incessante pela beleza exterior, acaba por provocar a opressão dos indivíduos, que tornam-se escravos da estética e da aparência. Tal fato, evidencia-se claramente no aumento do número de pessoas que se submetem à arriscadas cirurgias plásticas, que buscam por inúmeros cosméticos, que frequentam horas de academia e que fazem uso frequente de anabolizantes.      Assim, o filósofo Nietzsche ao questionar o que seria "o belo e o feio", ressalta que ambos conceitos derivam de construções sociais. Desse modo, temos a mídia como difusora de conceitos pré-estabelecidos, que provocam a alienação e manipulação das pessoas, ao buscarem por algo, muitas vezes, inatingível.     Ainda convém lembrar que esse tipo de alienação acarreta em diversos problemas, tanto sociais quanto individuais. Doenças como a depressão, bulimia e anorexia, derivam da rejeição desenvolvida pelo sujeito social contra si mesmo ao ver que o espelho não reflete o que gostaria de ver. Ademais, o fato de que vive-se hoje na chamada Modernidade Líquida proposta por Bauman, leva-nos a perceber que as relações frágeis, derivadas dela, contribuem demasiadamente para que tudo se transforme em mercadoria, até mesmo, o próprio indivíduo.    Sendo assim, visando minimizar esse problema, medidas devem ser adotadas. Primeiramente, o Ministério da Saúde pode impedir a propagação da existência de uma "beleza ideal" pela mídia, por meio da vigilância e fiscalização. Outrossim, as escolas devem auxiliar no desenvolvimento da mentalidade crítica dos alunos, para que não se tornem sujeitos alienados, através de palestras e projetos pedagógicos. Por último, as famílias devem incentivar seus filhos a se valorizarem como são, mostrando que o que realmente importa é um interior de cada um, sendo a beleza, efêmera. Isso pode ser feito através do diálogo e, principalmente, do exemplo.