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Enviada em: 04/05/2018

Na arte tudo pode, tudo é permitido. Assim como nos cinemas e nas novelas, todo elemento chocante tem o intuito de causar reflexão e debate. A quebra de paradigmas é o fator motivador da expressão artística, entretanto, nem tudo convém a qualquer idade. No Brasil, em 1922 ocorreu a Semana da Arte Moderna, que gerou muitas críticas e repreensões por ser transgressora à época.   Assim como na Semana de 22 a arte ainda gera repreensão, como por exemplo na exposição "La Bête", uma performance de um homem nu com o qual o público poderia manipular. Na exibição uma criança tocou o pé do artista, logo comentários como "pedofilia" e "canalhas" se espalharam por toda a internet. A arte como objeto transgressor, faz da interação da criança com o artista algo não sexual, mas sim levantador de um debate sobre a super sexualização do corpo e da nudez.   Não há como negar a contribuição que a arte faz para o empoderamento das mulheres mostrando que seu corpo não é algo exclusivamente sexual, que seu cabelo é lindo do jeito que for. As multifacetas da arte mostram que ela é necessária não só para representar aquela realidade mas um mundo de outras realidades e pontos de vistas.   Dessa forma, impor limites a arte é restringir a liberdade de expressão e a construção de debates importantes no crescimento intelectual da sociedade. Porém, a classificação indicativa deveria ser regulamentada pelo ministério público para evitar a exposição de crianças a certos tipos de expressão assim como já é realizado com os filmes. Além do ensino da arte nas escolas para que os debates construídos não sejam críticas vazias mas sim conversas enriquecedoras.