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Enviada em: 15/05/2018

A arte é resultado do intelecto humano. Quem imagina que a arte ou qualquer outra produção humana pode ser limitada está equivocado, porque limitar a imaginação é decretar a morte silenciosa da alma. Todavia, algo muito diverso é limitar a exposição da arte e sua destinação. Ao longo da história da arte, obras foram modificadas, silenciadas e até mesmo apagadas devido ao "conteúdo inaceitável" das peças, sendo por dissidências religiosas, sociais ou políticas. A livre expressão artística virou alvo de ataques dos ultraconservadores. Isso configura um cerco sem precedentes à liberdade de expressão e à arte desde o fim da ditadura militar. Os ataques intolerantes contra a arte no Brasil lembram, de alguma forma o nazismo, que chegou a organizar uma exposição em que classificava a arte moderna como "degenerada".  Nietzsche, filósofo alemão já dizia: "temos a arte para não morrer da verdade", e isso é um fato, a arte nos leva à uma realidade menos dura e cruel, nos faz sentir que a verdade, muitas vezes severa, seja suportada, anestesiada e experimentada de uma forma menos crua. Se for proibir a arte que esbarra em padrões sociais, diversos filmes e músicas nacionais, esculturas e quadros de renome mundial deveriam ser destruídos. O que falar da escultura David de Michelangelo, que representa o personagem bíblico com seu órgão genital à mostra?   Diante do exposto, é necessário que o Ministério da Cultura, por meio da FUNARTE (Fundação Nacional de Artes) promova formação de público para as artes no Brasil, de modo que a sociedade civil entenda o que é arte, saiba que a liberdade de expressão é direito que consta na Carta Magna (Constituição Federal de 1988), para que entendam seus direitos e deveres enquanto cidadãos, e que respeitem uns aos outros. Diminuindo assim, os ataques à arte, e às pessoas que possuem outras formas de pensar ou de se expressar. Desse modo, a liberdade artística deve ser relativizada, para o próprio bem da democracia.