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Enviada em: 30/04/2018

A obra Noite na Taverna de Álvares de Azevedo retrata estórias contadas sobre necrofilia, incesto, homicídios e outras situações usadas para explicar o conflito entre o eu e o mundo dos personagens. Apesar do manifestado pelo autor ser uma representação e não o real, a abordagem pode ofender valores de uma sociedade ou criar uma relação de conhecimento.     Segundo o Filósofo Heráclito de Éfeso, tudo fui, nada persiste nem permanece o mesmo. Consoante a isso, significa dizer que  as coisas, pessoas como também a arte, vêm se modificando ao longo do tempo, tal qual as Vanguardas Europeias que romperam com a percepção de arte no início do século XX. Entretanto, a expressão cultural dessa mobilidade nem sempre é discutida ou pensada para todos os públicos. Haja vista o pensamento de censura aos movimentos não aceitos, são feitos sem levar em consideração a interpretação dos próprios artistas.       A exposição Santander, por conseguinte, a da Arte Moderna vilipendiou os valores mais enraizados da terra Tupiniquim, tanto que foi repudiada por organizações liberais. Ainda assim, é possível compreender os preceitos que a arte comunica e não os aceitar. Nesse caso, o mais importante para educação é o debate moral no plano político, podendo contestá-la, mas de forma que o direito manifestado por meio da arte seja garantido conforme a Constituição Federal.           Em suma, faz-se necessário a empatia sobre os direitos igualitários e da liberdade de expressão, visando o bem comum à todos. Cabe as entidades envolvidas nesse viés cultural (mídias, teatros, museus, entre outros), recomendar a faixa etária e informações sobre do que se trata a apresentação, deixando livre a opção de público escolher em qual evento quer ou não ingressar. Logo, essas intervenções devem se concretizar a partir da criação de uma lei que as fiscalizem, sendo, portanto, responsabilidade do Poder Executivo adjacente ao Ministério da Cultura verificar no objetivo de evitar que tais impasses aconteçam.