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Enviada em: 13/05/2018

Toma-se o conhecimento de que arte nada mais é que a expressão de sentimentos e emoções através de pinturas, esculturas, sons entre outros artifícios. Após seu surgimento ela vem acompanhando a sociedade e ocupando um espaço importante na história e na cultura de todos. Tendo isso vista, os artistas se põem em plena liberdade de se expressar como bem entender, sendo assim em alguns casos passando dos limites do bom senso, pois se deve atentar que nem todos terão o mesmo olhar que o autor já que alguns podem achar a obra extraordinária e para outros alguma coisa abstrata e sem sentido, varia do ponto de vista dos indivíduos. Desta forma, a arte vem propagando polêmica, devido seus conteúdos cada vez mais peculiares e ofendendo ao público em alguns pontos como a zoofilia, pedofilia, questões de gêneros entre outros.         Para exemplificar um dos casos desses tipos de obras, pode-se mencionar a exposição “Queermuseu – Cartografias da Diferença na Arte Brasileira” a qual foi cancelada após diversas manifestações nas redes sociais. O objetivo da amostra era abordar a diversidade de expressão de gênero e questionar o caráter patriarcal e heteronormativo das coleções de arte. As acusações que resultaram no fechamento da mostra são de que os trabalhos expostos faziam apologia à pedofilia e à zoofilia, além de desrespeitar símbolos de culto religioso.         Segundo o especialista Baixo Ribeiro, fundador da galeria Choque Cultural, diz que “Através da arte, é possível dialogar em níveis que simples conversas não alcançariam. A arte tem a capacidade de quebrar protocolos, regras e leis. E ainda ser elegante, sutil e sofisticada mas, também, tosca, malcriada ou brega. Não existem limites estéticos. Se percebermos a existência de um limite, é bom que exista uma arte que venha ultrapassá-lo. Faz parte da natureza da sociedade possuir elementos que queiram preservar a ordem e seus antagonistas, que queiram transformá-la.[...] Acho que deve haver sempre uma tensão entre essas partes, mas não acho tão importantes estabelecer limites e, sim, procurar equilíbrios.”        Em vista dos argumentos apresentados, como o especialista mencionou a solução para isso seria procurar equilíbrios entre a arte e os limites, a liberdade vai até o ponto em que começa a se vincular a vida dos outros, dentro deste parâmetro o artista se deve atentar as opiniões do público e se questionar se irá ofender os indivíduos que visualizarão sua obra. No Brasil não existe uma legislação específica sobre a classificação indicativa de mostras e exposições presentes em museus e galerias — como ocorre com teatros, cinema e televisão. Porém, as instituições de arte podem adotar um sistema baseado nos já existentes.